Homenagem para Antônio Primo Costa
Isa Maria Lélis Costa Simões |
Quero parabenizar a
cidade de Guanambi, através do seu prefeito , pela homenagem que presta a um
cidadão simples, sem diplomas, sem títulos, sem honrarias, sem qualquer dos
atributos que normalmente são levados em consideração para tanto e que, quase
sempre, ficam a dever em relação à real importância do homenageado. Antônio Primo Costa, sem necessitar de nenhuma dessas distinções,
foi um dos mais notáveis homens dessa terra. Alguém que na simplicidade e na
grandeza do espírito, soube ajudar a criar uma cidade e velar para que todos
soubessem, dentro e fora das suas fronteiras, em qualquer lugar do Brasil, que
ali existia um porto seguro, um abrigo, uma mão amiga. Um homem que com suas
ações sempre voltadas à ajuda ao seu semelhante, sem estardalhaço, sem buscar
recompensas que não a satisfação íntima em ter abrigado e alimentado quantos
dele necessitassem, forjou e ensinou às gerações que com ele conviveram, o real
significado do que é ser UM HOMEM DE BEM! Alguém que tinha a dimensão exata do
que é a terra e o que ela representa para o ser humano; o que ela pode produzir
para alimentar as cidades; Antonio Primo, como era conhecido, sabia, no fundo
da sua alma, o que era ser tropeiro ou o que era ser doutor. E tratar aos dois
com o mesmo respeito, com a mesma amabilidade, com a mesma dignidade. Todos que
o conheceram guardam dele a saudade apertada de quem soube ditar as boas regras
de comportamento, as boas regras de convivência, os bons limites da tolerância
e da compreensão. Espírito maduro e iluminado que deu oportunidade a muitos,
que criou família vastíssima, desde todos os seus irmãos, quando logo cedo,
pela falta do pai, lhe chegou a responsabilidade de cuidar dos demais, até o
último dos seus 19 (dezenove) rebentos. Que juntamente com outros desse pedaço
de chão, expandiu os seus limites com o simples exemplo. O comércio e a feira,
o mercado e o mercador, o pobre e o rico tinham nele o esteio, tinham na sua
generosidade a esperança da compreensão. Era acima de tudo, humano!
Extremamente, demasiadamente, humano! Uma praça é como uma grande varanda, ou
como um grande quintal. O prazer de neles estar, sempre se reúne a outros
sentimentos e ações. É um ponto de encontro, um ponto de convergência, um ponto
de decisão. O espaço livre por excelência, o local onde a convivência se abriga
e a recreação ilumina o rosto da criança. Nada poderia ser mais apropriado a
“seu Antônio”, como dizia D. Carmita, sua esposa e companheira de fé. Certamente
aqui estará sentado, com todos os seus amigos que se foram, antes ou depois, celebrando
esse batismo numa conversa doce e amena, digna dos que souberam, com
simplicidade, construir o futuro. Que essa praça que hoje se inaugura, com a
marca desse grande homem, seja o espaço abençoado dessa cidade!
Creio que isso seria
o que todos nós, parentes, esposa, filhos, genros, noras, irmãos, primos,
sobrinhos, netos, bisnetos, tetranetos, enfim, amigos, consangüíneos ou não,
gostaríamos de dizer nesse momento!
Guanambi, 05/04/2013
Renato Mário Borges
Simões
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