FIOL: A BAHIA DEPENDE DA CHINA

BAHIA ECONÔMICA - ARMANDO AVENA



É digno de nota o esforço que o governo do Estado tem feito para viabilizar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul em Ilhéus. Com o apoio do Ministério dos Transportes, o governo tenta viabilizar o projeto e a expectativa é que ainda no primeiro semestre deste ano seja realizado um leilão para a concessão da ferrovia e do porto num único pacote. O governo dos Estado aposta todas as suas fichas no interesse dos chineses pelo projeto, especialmente a China Communications Construction Company.  

A empresa chinesa tem cacife financeiro, é uma das maiores do mundo no setor e tem interesse em investir na América do Sul. Os executivos chineses estiveram na Bahia no carnaval e visitaram a ferrovia e os canteiros de obras em Caetité e em Jequié ciceroneados pelo  vice-governador João Leão. Se os chineses toparem o desafio será muito bom para a Bahia, se não nosso estado pode ficar de fora das grandes rotas de exportação. Isso porque voltou a ordem do dia os projetos de transporte ferroviário com foco nos portos da Região Norte.  

Além da Ferrovia Norte-Sul, toma força a construção da  Ferrogrão, que deve ligar a região da soja no Mato Grosso ao município de Itaituba, no Pará, onde um porto está em construção nas margens do rio Tapajós. Se a Ferrovia Oeste-Leste não ficar pronta antes da Ferrogrão e da viabilização da chamada saída Norte, dificilmente será possível atrair a produção agrícola do Centro-Oeste para que ela saía pelo Porto Sul em ilhéus. Sem os grãos do Centro-Oeste e com o projeto da Bamin na navalha dos preços baixos do minério de ferro vai ser difícil viabilizar a ferrovia e o porto. Em resumo: a Bahia nunca dependeu tanto da China.

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