GESTOR DO BOLSA FAMÍLIA DIZ QUE UM MILHÃO DE BAIANOS PASSARIAM FOME COM CORTE

09/11 - 09h33m
BAHIA ECONOMICA
 
 
O economista Helmut Schwarzer, 48 anos, secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), responsável por gerir o Bolsa Família, concedeu uma entrevista ao Jornal Correio da Bahia e afirmou não acreditar que a proposta de corte de R$ 10 bilhões no orçamento de 2016 do programa se torne realidade.  A entrevista aconteceu durante a Conferência Estadual de Assistência Social, em um hotel do Itaigara, e segundo Helmut estimou, 1 milhão de baianos voltariam à extrema pobreza, caso o orçamento menor vingue. Ele diz ter a garantia da presidente Dilma Rousseff e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que não haverá cortes e que, no final das contas, a polêmica sobre os cortes serviu para divulgar como o programa é bem gerido e tem resultados práticos a serem comemorados.
 
Questionado se caso o programa sofra corte ele pode ser menor que os R$ 10 Bilhões ele explica “Nós não estamos discutindo corte. Eu vou usar as palavras do ministro Joaquim Levy. Ele disse que o Bolsa Família é um gasto pequeno com efeito muito grande. Nós não entendemos que exista, nesse momento, espaço para cortar o Bolsa Família. É um erro conceitual recortar o programa”.

Explicando quais as medidas podem ser tomadas antes de se chegar a um corte o economista comenta. “ O programa, hoje, é administrado de modo compartilhado pelo governo federal, estados e, principalmente, municípios. Então, todos os 5.570 municípios assinaram termo de adesão e se comprometeram a administrar o programa de modo estrito, correto e nós temos mecanismos de auditoria, avaliação e monitoramento muito fortes, além das auditorias de costume da Controladoria Geral da União, do Tribunal de Contas da União, dos Ministérios Público Federal  e Estadual.

Questionado sobre os valores gastos com o Bolsa Família ele diz que o Programa não é tão caro quanto dizem. “É extremamente barato. Custa apenas 0,5% do PIB, já incluindo benefícios e custo de administração. Com esse 0,5% do PIB, a gente atinge quase 25% da população, que são 48 milhões de beneficiários. E um corte como esse (R$ 10 bilhões), no caso da Bahia, por exemplo, é um milhão de pessoas que voltam para a pobreza extrema. Significa pessoas que já não têm mais renda para comprar a comida. É um milhão de baianos que voltariam a passar fome”.

Sobre as críticas que o Programa recebe ele diz que “existem muitos mitos e preconceitos. O primeiro preconceito é que se trata de um programa meramente nordestino, o que não é verdade. Depois da Bahia, São Paulo é o segundo estado com mais beneficiários”.

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