‘PSB não é satélite do PSDB’, diz dirigente

BRASIL Política Livre

Foto: Divulgação
Carlos Siqueira, presidente do PSB
Escolhido presidente do PSB após a morte de Eduardo Campos, em agosto passado, o advogado especialista em direito eleitoral Carlos Siqueira, de 60 anos, vive um dilema desde a eleição de 2014: fazer oposição sistemática ao governo federal, como defende o PSDB, ou se reaproximar do PT? Nesta entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo Siqueira sinaliza uma reaproximação com o antigo aliado, crítica posições dos tucanos e rechaça a pecha de satélite no projeto de poder do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ao avaliar o processo eleitoral de 2014, o dirigente debita na conta de Marina Silva os erros que fizeram a campanha da sigla derreter na reta final. Questionado sobre se estaria havendo uma reaproximação do PSB com o PT e o governo em virtude de o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, ter se encontrado, na quinta-feira, 5, com o ex-presidente Lula, Siqueira é taxativo: “diz que a posição do partido é de independência propositiva, que irão dialogar com todas as forças políticas, inclusive com o governo e seu partido. A reportagem questiona o advogado lembrando que o PSDB tem advogado a formação de um bloco de oposição e pergunta se essa não seria a linha do PSB. “Não faremos oposição sistemática. Podemos eventualmente apoiar projetos do governo, mas não vamos aderir ao governo ou reivindicar cargos. Foi formalizado um bloco do PSB com PPS, PV e SD. Assinei um documento com os demais presidentes destes partidos para que atuemos como uma federação de partidos. Vislumbramos a ação no parlamento, mas também as eleições municipais de 2016 nas capitais e principais cidades. Isso nos daria um pouco mais de 3 minutos de TV. Siqueira diz que o PSB não descarta alianças com outros partidos, inclusive com o PT, em 2016. “Eles é que têm dificuldade em nos apoiar” Nega haver qualquer preconceito de seu partido, mas ressalta que a prioridade nessa questão será dos que compõem o bloco do PSB. Haveria algum setor do PSB que defende a volta do partido à base da presidente Dilma Rousseff? questiona a reportagem. Ele conta que alguns companheiros tinham essa posição e queriam apoiar a reeleição da presidente no momento em que a executiva do partido se reuniu para afirmar a posição de independência propositiva. “Tivemos uma certa flexibilidade em Estados como Paraíba, Amapá e Bahia, onde o PSB apoiou a presidente. A independência nos coloca em uma posição de analisar caso a caso para decidirmos nossas posições”.
Pedro Venceslau, Agência Estado

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Governo vai construir 31 sistemas de abastecimento em municípios das microrregiões do Vale do Paramirim e do Algodão