Assembleia reúne 60 mil professores, cobra Serra e mantém greve

GREVE

Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (19), na Avenida Paulista, os professores da rede estadual de São Paulo aprovaram a manutenção da greve por tempo indeterminado. A categoria paralisou as atividades no último dia 8, reivindicando reajuste salarial de 34,3%, entre outros pontos. A adesão é de cerca de 90%, segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).

A realização do ato chegou a ser ameaçada pelo Ministério Público do Estado, que entrou nesta quinta-feira (18) na Justiça para proibir a manifestação. A alegação foi de que os professores causariam transtornos à circulação de pessoas na região. O pedido, absurdo, foi devidamente negado pelo juiz da 20ª Vara Cível, Flávio Abramovici — e a manifestação foi mais uma demonstração de combatividade da categoria.

Segundo a Apeoesp, cerca de 60 mil pessoas participaram da assembleia, que cobrou diálogo do governador José Serra e de seu secretário da Educação, Paulo Renato. Em vez de abrir canais de negociação com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o governo tucano preferiu ir à imprensa, ao longo da semana, para provocar a categoria. Enquanto Paulo Renato classificou a paralisação como “eminentemente eleitoral”, Serra tachou a greve de “trololó”.

O repúdio a essas declarações dominou os discursos e as palavras-de-ordem da manifestação. No carro de som, lideranças da categoria faziam perguntas tais como: "Que notas damos ao Serra? E ao Paulo Renato?" Os manifestantes respondiam: "Zero". "E aos professores?" "Dez". Houve uma performance de docentes maquiados de palhaço, que, segurando um caixão, simbolizavam o sepultamento da "paz financeira" dos professores.

Fonte: Portal Vermelho


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