VISITA DO GOVERNADOR WAGNER A PALMAS DE MONTE ALTO E CARINHANHA




Aumento da produção de algodão e entrega de casas marcam visita de Wagner à Serra Geral
Os 46,2 mil moradores de Palmas de Monte Alto e Carinhanha, na região de Serra Geral, estão comemorando um dia cheio de trabalho, novas casas e posto de saúde, além de boas notícias, levadas neste domingo (25) pelo governador Jaques Wagner em uma maratona de atividades. A agenda foi aberta com um Dia de Campo para 700 agricultores familiares de oito municípios da região.

Durante os trabalhos, realizados na estação experimental da Empresa Baiana de Desenvolvimento (EBDA) em Palmas de Monte Alto e que contaram com estandes de treinamento para os participantes, foram apresentados, pelo secretário da Agricultura Geraldo Simões, os resultados da primeira etapa do programa Algodão do Vale do Iuiú.

Os experimentos elevaram a colheita média dos pequenos produtores familiares de 80 para 150 arrobas por hectare. Atualmente, os 2,1 mil hectares cultivados da região produzem 315 mil arrobas de algodão por ano.

Ainda em Palmas do Monte Alto, cidade com mais de 19 mil habitantes, Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,657 e renda per capta de R$ 108,47, Wagner entregou, além de uma quadra poliesportiva e 636 títulos de terra, um conjunto com 200 casas, construído pelo Programa Carta de Crédito (Resolução 460/518) que estabelece o uso dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento da casa própria.

Na ocasião, o governador anunciou a ampliação do Sistema Integrado de Abastecimento de Água (SIAA) do município, que atualmente abastece quase nove mil pessoas, aproximadamente 45% da população, e vai passar a alcançar outros 860 habitantes. Foi também assinado convênio para a construção de outra quadra poliesportiva na praça Santos Dumont, no loteamento Nova Palma.

Em Carinhanha, cidade com 27,2 mil habitantes, IDH de 0,607 e renda per capta de R$ 64,71, Wagner inaugurou uma unidade do Programa Saúde da Família construída no bairro Alto da Colina, com verbas do Ministério da Saúde e do município, ao lado de um terreno para o qual anunciou a construção do conjunto habitacional Pequizeiro I, com 200 casas, também por meio do Programa Carta de Crédito (Resolução 460/518).

Em seguida, Wagner anunciou a elaboração de projeto de regularização fundiária para cerca de 40 famílias do bairro São Francisco, um convênio para construção de uma Unidade de Saúde da Família (USF) da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) na Agrovila 23 e a restauração e construção das praças Ruy Barbosa, Vanderlei e Benjamin Constante, com serviços de pavimentação e drenagem.

Wagner também anunciou para a população de Carinhanha um convênio de cessão de materiais da Companhia de Engenharia Urbana da Bahia (Cerb) para as Agrovilas 16 e 23. São 17 quilômetros de tubulações cedidos pela Companhia de Engenharia Rural do Estado da Bahia para os assentamentos Mel de Abelha e Santa Helena e para as localidades de Baixa do Mocambo, Boca da Taboa, Canabrava, Jupi, Queimadas, Riacho do Capinão, Santa Rita de Cássia, São Bernardo e Sítio Novo, beneficiando 3,4 mil habitantes.

Ainda para Carinhanha, Wagner anunciou a construção de uma quadra poliesportiva na Agrovila 16 e a implantação do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para atendimento psicossocial de apoio a famílias e indivíduos na garantia dos direitos de cidadania. Por fim, o governador autorizou a construção de cinco poços tubulares nas localidades de Baixão do Trigo, Canabrava, Estreito, Fazenda Waldemar Machado e Jatobá.

Algodão
Os experimentos da EBDA, cujos resultados foram apresentados durante o Dia de Campo, elevaram a colheita média dos pequenos produtores familiares de 80 para 150 arrobas por hectare. Atualmente, os 2,1 mil hectares da região produzem 315 mil arrobas de algodão por ano.
O produtor Sinvaldo Pereira, 50 anos, possui uma propriedade de 20 hectares onde, junto com seus 5 filhos, planta feijão e cria gado. Ele participou das atividades e disse que produz algodão há 20 anos em Palmas de Monte Alto.

"Eu cheguei a ficar um tempo parado, trabalhando para os outros porque estava ruim. Agora, com a ajuda do governo, eu e outros agricultores da região estamos voltando a apostar no produto, está valendo a pena”, afirmou.

Para alcançar estes resultados, o pacote tecnológico oferecido pela EBDA inclui tratores para preparo do solo, equipamentos de pulverização e proteção individual, produtos defensivos e outros insumos, sementes certificadas e assistência técnica.

O secretário da Agricultura, Geraldo Simões, disse que os estudos desta primeira etapa do programa mostram que é perfeitamente possível o retorno da atividade na região. “Isso significa uma renda de cerca de R$ 6 mil por ano para cada família. Quem estava plantando feijão e criando animais, agora tem também o algodão com tecnologia e assistência técnica”, afirmou. Manuseio Com a assistência, os agricultores aprendem também a manusear o produto durante a colheita e a fazer o acondicionamento adequado para transporte. “Uma única pena de galinha é suficiente para contaminar um fardo de 200 quilos de algodão durante o beneficiamento e os sacos onde se faz o armazenamento têm que ser de puro algodão também”, observou Osório Vasconcelos, engenheiro agrônomo da EBDA e coordenador do Programa Algodão do Vale do Iuiú. A contaminação reduz o preço em até 30%.

“Este ano estamos buscando a organização para a venda do produto beneficiado, evitando os atravessadores e aumentando em cerca de 40% a renda familiar. O preço da arroba in natura é de R$ 14 e a pluma já beneficiada e limpa é vendida a R$ 45”, contabilizou.
Vasconcelos disse que os produtores vão pagar os usineiros com 70% dos caroços de algodão, subproduto do beneficiamento que eles perdiam integralmente na venda da colheita. Os 30% restantes eles receberão de volta, para fazer ração para o gado de sua propriedade ou para comercialização.

Qualidade

Wagner destacou que Bahia é o segundo maior produto de algodão do Brasil e o Vale do Iuiú a segunda maior região produtora da Bahia, ficando atrás apenas do Oeste do estado, onde estão plantados 300 mil hectares. “Mas o nosso algodão é um dos melhores do mundo, comparável ao egípcio”, ressaltou. Wagner disse que a preocupação do governo é cuidar de toda a cadeia produtiva, desde a produção familiar até o beneficiamento final.

Segundo o governador, a idéia é que haja a implantação de indústrias de tecelagem e fiação na região e, em Correntina, uma empresa japonesa está construindo uma fábrica com a maior processadora de algodão da América Latina. “Eu quero agregar valor ao produto e aumentar a renda do pequeno produtor. Para isso, não é mais possível uma agricultura de enxada e ancinho”, argumentou.

Casas em Palmas de Monte Alto
Jorgete Correia, 28 anos, morava na casa de sua mãe, em Palmas de Monte Alto, na região de Serra Geral, acompanhada do marido e dois filhos. Na manhã deste domingo (25), a vida da família de Jorgete mudou para melhor. Ela recebeu, das mãos do governador Jaques Wagner, as chaves de sua casa própria.

Jorgete contou que não trabalha fora e que sua família sobrevive com uma renda media de R$ 300, que seu marido ganha trabalhando como pedreiro. “É um sonho, é dignidade, é a felicidade, a minha casa onde eu vou morar com minha família”, comemorou.
Ao todo, o Wagner entregou 200 casas, construídas pelo Programa Carta de Crédito (Resolução 460/518) que estabelece a utilização dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento da casa própria, além de uma quadra poliesportiva construída no conjunto.

Títulos de terra

Nicolau Pereira, 62 anos, cultiva, com mulher e nove filhos, uma área de 33 hectares na comunidade quilombola de Vargem Alta, em Palmas de Monte Alto. Ele recebeu, das mãos do governador, o título de propriedade das terras onde vive desde 1961. “Hoje estou feliz por ter o meu pedaço de chão parar trabalhar com minha família, plantar o feijão, criar meu gado”, festejou.

A agricultora Maria Augusta Montalvão, 58 anos, também mora na terra que herdou de seus avós e sabe a importância do título de propriedade que recebeu. “Já tentaram tomar essa terra de mim, esse lugar onde eu fui criada e criei meus filhos. Agora não tem mais esse perigo” comemorou.

Encerramento

O dia foi encerrado em Carinhanha, onde Wagner fez um balanço das principais obras em andamento ou contratadas neste ano e meio de governo. O governador lembrou da recente vinda do presidente à Bahia no último dia 9 de maio, quando foram anunciados mais de R$ 24 bilhões em investimentos no estado por meio do Pacote de Aceleração do Crescimento (PAC).

Dentre as ações propostas pelo PAC ou outras fontes de financiamento, Wagner destacou a duplicação da BR-324, a construção da ferrovia Oeste-Leste, a construção do Hospital da Criança em Feira de Santana, dos hospitais de Irecê e de Juazeiro e o segundo Hospital Geral de Salvador, no subúrbio ferroviário, além do reequipamento das cidades com o SAMU 192.

“Quando eu cheguei ao governo, o programa SAMU estava parado por falta de pagamento. Nós pagamos os atrasados e fizemos novo convênio com o Ministério das Cidades”, declarou. Segundo o governador, foram entregues 54 novas ambulâncias e 44% da população baiana está coberta pelo serviço. “Agora, estou me comprometendo em trazer também o Samu para Carinhanha”, garantiu.

Na área de Segurança Pública, Wagner lembrou do término da construção do presídio de Eunápolis, que está próximo, a construção do presídio de Barreiras e a contratação de três mil policiais, que já estão em treinamento. O governador citou também a compra de carros para aparelhar a segurança pública.

“Nós estamos realizando a redenção da Bahia, levando casa e água para quem não tem, melhorando a saúde pública no estado, fortalecendo a agricultura familiar, fazendo tudo aquilo que eu aprendi quando governava ao lado do presidente Lula”, concluiu.

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