Seminário reafirma a educação do campo como eixo de identidade e desenvolvimento na Bahia
Foto: André Fofano/SEC
A educação do campo, conectada aos territórios e aos modos de vida das comunidades tradicionais, esteve no centro dos debates do 8º Seminário de Educação das Comunidades Tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto, realizado desde sábado (13) e encerrado na manhã desta terça-feira (16), em Salvador. O encontro reuniu cerca de 200 participantes no Fiesta Bahia Hotel, entre lideranças comunitárias, educadores, estudantes, agricultores e representantes do poder público, consolidando-se como espaço de construção coletiva de políticas educacionais contextualizadas.
Ao longo
da programação, que integrou acolhimento cultural e socialização dos seminários
regionais, foram realizadas mesas temáticas e articulação com a Feira Baiana da
Agricultura Familiar e Economia Solidária. Nesta terça-feira (16), a secretária
da Educação do Estado, Rowenna Brito, conversou com os participantes, pontuando
os avanços na relação do Estado com as comunidades do campo. “A educação
precisa ser contextualizada com a realidade das pessoas, porque uma escola
desvinculada da vida cotidiana não faz sentido”, afirmou, destacando, ainda, a
força da educação para a garantia dos direitos dos cidadãos, como instrumento
fundamental para a transformação social.
Compromisso com o campo
Durante os quatro dias de evento, foram apresentadas ações estruturantes da
Secretaria da Educação do Estado (SEC) voltadas à educação do campo, como
investimentos em infraestrutura escolar, apoio às Escolas Famílias Agrícolas,
programas de permanência estudantil e iniciativas formativas em agroecologia.
Obras em municípios como Oliveira dos Brejinhos e Juazeiro, além de programas
como Bolsa Presença, Mais Estudo e Educa Mais Bahia, reforçam o compromisso com
o acesso, a permanência e a aprendizagem dos estudantes do meio rural.
Os grupos
de trabalho também aprofundaram discussões sobre pedagogia da alternância -
método de ensino que integra a escola e a comunidade, permitindo que os alunos
alternem períodos de estudo formal com a vivência na propriedade ou no trabalho
rural -, sustentabilidade, ordenamento territorial, juventude e políticas
públicas, resultando em propostas lidas e aprovadas coletivamente no
encerramento.
A
importância da escuta das lideranças de base foi enfatizada por Marianna
Oliveira da Mota, liderança de Chorrochó. “Buscamos políticas públicas que
atendam ao coletivo. Somos o estado com o maior número de Escolas Famílias
Agrícolas. É algo que valorizamos, pois estamos na base e conhecemos as
necessidades e urgências das nossas comunidades”.
Ao
avaliar os quatro dias de atividades, as lideranças destacaram os impactos das
políticas públicas na vida das comunidades tradicionais. Gilmar Ferreira
Martins, do município de Pilão Arcado, ressaltou que a educação contextualizada
tem fortalecido as comunidades, transformado a vida das famílias e garantido
oportunidades, além do respeito ao modo de vida do campo.
Fonte:
Ascom/SEC
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