Bahia amplia em mais de 100% os Organismos de Políticas para as Mulheres e fortalece a interiorização das ações
Foto ilustrativa: Adriana Ituassu / Ascom SPM
A
Bahia registrou, em 2025, um avanço histórico na consolidação das políticas
públicas voltadas para as mulheres. O estado, o número de Organismos de
Políticas para as Mulheres (OPMs), ou seja Coordenação, assessoria especial ou
secretaria executiva mais que dobrou, passando de 42, em 2023, para 92
estruturas institucionais em funcionamento, o que representa uma ampliação
superior a 100%. No mesmo período, os Conselhos Municipais de Defesa dos
Direitos das Mulheres tiveram crescimento de quase 50%, saltando de 80 para 118
conselhos ativos na Bahia.
O resultado
reflete o trabalho contínuo de articulação institucional, mobilização, formação
técnica e construção de parcerias, desenvolvido pela Secretaria das Mulheres do
Estado (SPM) junto às gestões municipais. Os Organismos de Políticas para as
Mulheres são estruturas responsáveis por planejar, coordenar, executar e
monitorar ações voltadas à garantia dos direitos das mulheres, ao enfrentamento
à violência de gênero, à promoção da igualdade e ao empoderamento feminino. Nos
municípios, esses organismos funcionam como porta de entrada para serviços
essenciais e como instâncias estratégicas de articulação com outras áreas do
poder público e com os governos estadual e federal.
Para a
secretária das Mulheres do Estado da Bahia, Neusa Cadore, a ampliação dos OPMs
fortalece a articulação institucional e promove a interiorização das políticas
públicas. “Quando um município cria e fortalece um organismo para as mulheres,
ele salva vidas, promove autonomia e constrói cidadania. A ampliação dos
Organismos de Políticas para as Mulheres é uma missão permanente da nossa
Secretaria. Os OPMs são fundamentais porque aproximam o Estado da realidade
local, fortalecem a gestão municipal e asseguram que as políticas cheguem onde
a vida acontece. Temos um compromisso diário em garantir que cada município
baiano tenha uma estrutura capaz de planejar, executar e sustentar políticas
públicas para as mulheres. Nosso desejo é avançar ainda mais, e garantir que
nenhuma mulher fique sem acesso a direitos, proteção e oportunidades”, afirmou.
A presença de
OPMs nos municípios amplia a capacidade da gestão pública de responder às
demandas específicas das mulheres, melhora o acesso a serviços, fortalece a
rede de proteção e contribui para a melhoria da qualidade de vida das mulheres.
Um exemplo é o município de Juazeiro, com a criação da Secretaria da Mulher e
Juventude. A secretária da pasta, Erica Daiane Costa, destaca que a secretaria
representa uma conquista histórica do movimento de mulheres e um marco para o
município.
“A criação da
Secretaria da Mulher e Juventude de Juazeiro reafirma o papel do ativismo do
movimento de mulheres que durante anos reivindicou esta conquista, e a
importância de gestores dispostos a contribuírem com as políticas de gênero.
Temos buscado estar perto da população, levando informações sobre direitos e
políticas públicas. E atuamos conjuntamente com a Rede de Enfrentamento à
Violência contra as Mulheres e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, e
na integração com outras secretarias”.
Esse processo
de criação dos OPMs e dos conselhos está sendo fortalecido por iniciativas
estratégicas do Governo Federal, como o Edital do Ministério das Mulheres,
atualmente em fase final de seleção, voltado ao fortalecimento da gestão de
políticas para as mulheres, com o Selo de reconhecimento aos municípios
comprometidos com as políticas para as mulheres, além do apoio de
parlamentares, por meio de emendas, que contribuem para a consolidação e o
fortalecimento dos OPMs.
Cartilha – Para contribuir com esse processo,
neste ano, a SPM elaborou e divulgou um Guia, denominado de Construindo
Igualdade, que orienta os municípios na criação e fortalecimento dos OPMS e os
conselhos de políticas para mulheres. O Guia aborda questões como igualdade de
gênero; o Pacto Universal pelos Direitos das Mulheres; O papal das OPM na
gestão pública e o impacto na qualidade de vida das mulheres. Na edição, também
é possível encontrar informações sobre o planejamento de espaços para o
funcionamento das OPM e sugestões práticas para a realização de diagnósticos da
realidade socioeconômica das mulheres. Do ponto de vista da legislação, estão
disponíveis modelos de Lei ou Decretos para criar um OPM.
O Guia disponibiliza, ainda, documentos norteadores, como legislações, para a criação e o funcionamento de Conselhos Municipais de Defesa dos Direitos das Mulheres, que garante a participação social no acompanhamento e monitoramento das políticas para as mulheres. A edição está disponível para download no site: www.ba.gov.br/mulheres

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