ALBA LANÇA NOVO LIVRO SOBRE O BICENTENÁRIO DO 2 DE JULHO

 


A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) lançará, nesta quinta-feira (30), o livro “Escritos sobre o 2 de Julho – Memória e Política”. O evento ocorrerá no plenarinho da Casa a partir das 10h. A obra foi produzida por meio do programa ALBA Cultural e reúne um conjunto de estudos relacionados à Independência do Brasil na Bahia e tem como autores os pesquisadores e servidores do Legislativo baiano Cláudio Oliveira, Daniel Duarte e Pierre Malbouisson. A coordenadora do projeto é a gerente do Departamento de Pesquisa da ALBA, Arlete Neiva.


O livro possui 137 páginas e está dividido em quatro partes. A primeira seção, assinada pelo pesquisador e doutor em história social pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Daniel Duarte, aborda a véspera da independência, tratando da sociedade, economia e política no período de 1790 a 1820. A segunda parte, elaborada pelo pesquisador mestre em Ciências Sociais pela Ufba, Pierre Malbouisson, retrata os 200 anos da Batalha de Pirajá.


A terceira parte tem como tema “Maria Felipa e as gentes de que não se falam nas batalhas marítimas pela Independência do Brasil na Bahia”, sendo assinada por Cláudio Oliveira, doutor em Literatura e Cultura pela Ufba. Na quarta e última parte, o pesquisador Daniel Duarte aborda o tema “Política, sociedade e trajetória no tempo da primeira província (1835)”.


Arlete destaca que o livro “Escritos sobre o 2 de Julho – Memória e Política” resgata a memória e realça a importância do povo baiano na Independência do Brasil. “Entregamos esta obra como resultado do esforço e dedicação da equipe de pesquisadores do Departamento de Pesquisa e Coordenação do Memorial do Legislativo, sempre empenhados em manter viva a história política e social da Bahia”, afirma ela.


Pierre Malbouisson, um dos autores, explica que a obra visa levantar o histórico do Poder Legislativo. “Neste ano do bicentenário, conseguimos concentrar os esforços em dar uma contribuição nos debates em torno da data da Independência do Brasil na Bahia. Além de ser a data magna do nosso estado, traz muitas reflexões a respeito do papel dos diversos setores da sociedade baiana nesse processo das lutas pela independência”.


Para Cláudio Oliveira, relembrar a Independência do Brasil na Bahia, “com suas permanências, transformações e contradições, é essencial para compreender onde estamos e quem somos”. Segundo ele, a obra é mais uma contribuição aos estudos sobre este processo. “Que personagens foram glorificados? Que personagens foram apagados? Que independência é essa que mantém a mácula da escravidão? Como as camadas populares lutaram, na busca pela soberania? Como o movimento influenciou a formação e os debates da primeira legislatura da Assembleia Provincial? Todas essas são questões que os ensaios de nosso livro buscam, se não responder de forma categórica, ao menos apresentar caminhos que possam convidar o leitor a se inserir nesta discussão”.


O historiador Daniel Duarte destaca a importância de “resgatar e salientar o papel de setores populares na guerra de independência do Brasil na Bahia”. A revisora do projeto, Renata Vidal, avalia que o lançamento do livro evidencia a capacidade de produção técnica do Departamento de Pesquisa e da Coordenação do Memorial do Legislativo, “através da realização de intensa pesquisa histórica e preocupação em entregar, à sociedade, boas leituras, fontes bibliográficas confiáveis e reflexão crítica sobre o Bicentenário da Independência da Bahia”.


A produção do livro "Escritos sobre o 2 de Julho – Memória e Política" envolveu pelo menos três departamentos da Casa legislativa – a Diretoria Parlamentar, a Superintendência de Assuntos Parlamentares e a Superintendência de Recursos Humanos.


Para o superintendente de Assuntos Parlamentares, Marcelino Galo, a obra vem cobrir uma lacuna que existia sobre a participação do Parlamento na luta que houve pela libertação da Independência. “Aqui, na Bahia, o povo entrou nessa luta pela liberdade e a participação do Legislativo precisava ser rememorada. Então, esse livro cobre uma lacuna fundamental”, explica. O superintendente de Recursos Humanos, Francisco Raposo, considera o livro um marco. "É um motivo de alegria para a gente porque mostra os valorosos talentos que temos na Casa, colegas muito bem preparados e estudiosos".


O diretor parlamentar, Geraldo Mascarenhas, lembra que o livro a ser lançado nesta quinta é mais um importante trabalho de pesquisa realizado pela Assembleia Legislativa. “Nós já tivemos diversos trabalhos realizados pela Casa, mas destaco três como de grande importância: este do bicentenário do Dois de Julho, o Bahia de Todos os Fatos e também a Memória do Legislativo baiano do período de 1947 a 2004”, afirma ele, lembrando que para o próximo ano, os pesquisadores estão preparando um trabalho sobre o Palácio Luís Eduardo Magalhães, edifício-sede da ALBA, que em 2024 completa 50 anos.


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