Trilha Histórica e Ambiental na Comunidade de Lagoa Dantas em Pindaí

 




No dia 25, no município de Pindaí, iniciamos mais uma trilha em busca de registrar e conhecer o potencial dos atrativos turísticos e históricos da comunidade de Lagoa Dantas com a participação de Naiane Márcia de Barros Gomes e Nora Ney dos Santos Moreira.

O objetivo foi ampliar as pesquisas sobre a pré-história no município e conhecer a região da comunidade de Lagoa Dantas onde foi encontrado ossada de uma preguiça-gigante (megatério) no caldeirão pelas pesquisadoras Naiane Márcia de Barros Gomes e Nora Ney dos Santos Moreira.




A trilha passou pelo povoado do Tanque rumo a região da Lagoa Dantas nas proximidades do histórico distrito das Umburanas (atual distrito de Guirapá).

A surpresa veio ao trilharmos as belezas das passagens dos antigos caminhos dos tropeiros de Umburanas até a vila do Gentio (atual distrito de Ceraíma) na divisa dos municípios de Pindaí e Guanambi. A comunidade de Lagoa Dantas fica próxima das comunidades de Laje dos Sapatos, Pará e do Baú no distrito de Ceraíma.

Segundo o livro Respingos Históricos de Domingos Antônio Teixeira “Teixeirinha”, o Gentio e Umburanas foram as primeiras povoações surgidas nas encostas da Serra Geral.

A bela vista da Serra Geral, os lindos morros, as cercas de pedras, as árvores e plantas nativas da caatinga se misturam com as atuais imagens dos parques eólicos.







O belo Caldeirão da Lagoa Dantas e a ossada da preguiça-gigante é o principal destino da nossa trilha. Fomos recepcionados pelo amigo e produtor rural Senhor Valdeci e avistamos as belas paisagens do Caldeirão da Lagoa Dantas com seus lindos lajedos e caldeirões, lagoas, fazendas históricas e várias espécies da vegetação da caatinga (flores, bromélias, xique-xique, mandacaru, palmeira e o coco de licuri e outras espécies), os velhos currais, carros de boi, gado, rochedos e belas cercas de pedra.











No caldeirão podemos recolher mais ossada da preguiça-gigante e confirmar a importância da pesquisa iniciada por Naiane Márcia de Barros Gomes e Nora Ney dos Santos Moreira com apoio da equipe do IPHAN (Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que vieram conhecer o local e estão realizando um estudo sobre o sítio arqueológico da Lagoa Dantas. A equipe é composta pelos pesquisadores: Cristiana de Cerqueira Silva Santana (UNEB), Márcia Cristina Teles Xavier (UNEB), Joyce Avelino Carneiro Santana, Marcone Cunha Carneiro e Reuber Leandro dos Santos (HAS Consultoria Arqueológica).

Depois visitamos a histórica fazenda da família “Bispo dos Santos” do Senhor Valdeci que é um verdadeiro museu sertanejo com um casarão histórico e um brilhante acervo de fotografias da família; antiga vitrola acompanhada de discos de vinil; cama antiga de madeira; oratório; jogo de louças; pilão rústico de ferro; e um belo carro de boi. A família nos recebeu com muito apreço e carinho e podemos registrar esse momento histórico.














A trilha foi encerrada com um registro fotográfico das belezas do Morro da Pedra Fincada e a escalada de um morro com gruta e uma linda vista panorâmica do vale e dos parques eólicos. Também registramos a beleza das prensas antigas de produção de mandioca.

























O Blog do Latinha e a Professora Graça Donato agradecem as amigas Naiane Márcia de Barros Gomes (Bióloga da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Pindaí) e Nora Ney dos Santos Moreira (Comunicação Social e Administradora), bem como a família do Senhor Joventino, Dona Luzia, Diele e Naiane pela recepção e o delicioso almoço de comida caseira do sertão regado com sucos de manga e umbu.

A trilha em Lagoa Dantas foi enriquecida com as lembranças e memórias das passagens históricas relatadas pelo Senhor Valdeci sobre as belas interpretações dos cantos religiosos de sua avó e os relatos dos seus antepassados sobre a passagem da Coluna Prestes “Os Revoltosos” pela região em 1926.

Segundo o livro Pindaí 50 Anos de Lia Borges, o objetivo da Coluna Prestes era seguir a rota de Caetité, Guanambi e Gentio (atual Ceraíma), mas tomaram o rumo do Norte de Minas. O fato foi evitado, porque um telegrafista da cidade de Caetité, José Troyano de Freitas, comunicou em mensagem enviada para Caculé, no dia nove de abril de 1926, a chegada de Dr. Mário Spínola Teixeira, Intendente de Guanambi, com duzentos homens armados para o combate contra os Revoltosos. A notícia foi falsa!



                                                                    Fonte: Google

Aguardem a próxima expedição no município de Pindaí no Casarão e Museu dos Faustos, na senzala e no Sítio Arqueológico da Gruta da Moita dos Porcos “Toca do Tapuio” no histórico centro minerador de Brejinho das Ametistas no município de Caetité.








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