Dr. Edson Luiz revela o quadro crítico de escassez de doadores de sangue para o Hemoba Guanambi

 

A importância da doação de sangue está em ceder um pouco do próprio sangue para salvar vidas. Sendo assim, pessoas que estão nas mais diversas situações de emergência necessitam deste ato de solidariedade e amor ao próximo, desde pacientes que precisam realizar cirurgias de grande complexidade a pessoas que tem doenças crônicas. No entanto, tanto em Guanambi quanto no Brasil inteiro, há um triste cenário marcado pela escassez de doadores de sangue. E, para ficarmos por dentro desta realidade, proporcionamos um bate-papo com o Dr. Edson Luiz (Dr. Luia) no Fala Você Notícias desta quinta-feira (14), em torno desta problemática.

Por que é importante doar sangue?

De acordo com Dr. Edson Luiz, é importante doar sangue porque este é transferido para pacientes em estado de urgência; para aqueles que necessitam refazer uma cirurgia que não deu certo, ou, em casos de acidentes. Além disso, ele explica que é importante também a doação de sangue devido o sangue conter componentes essenciais, pois, a cada bolsa de sangue recebida por meio de doação, esta serve para quatro pessoas. Ele relata que, estatisticamente, o ideal é que pelo menos 3% da população seja doadora de sangue. No entanto, ele diz que a porcentagem de doadores, no país, corresponde a apenas uma faixa entre 1 a 1,5% da população, que, lamentavelmente, diz respeito a um índice muito baixo.

Para o médico, uma das principais barreiras para que haja mais doadores de sangue é a falta de conscientização. Em relação à doação de sangue, ele explica que o processo é tranquilo e que a doação dura em média de 10 a 15 minutos. Antes da doação, é feito uma avaliação clínica para saber se a pessoa está apta a doar sangue ou não.

Saiba quais os procedimentos necessários no processo de doação de sangue

Sendo assim, para que a doação seja realizada, a pessoa precisa estar dentro de alguns critérios estabelecidos, que são: Ter a partir de 18 anos, sendo que, se o doador tiver 16 a 17 anos de idade, necessita da autorização dos pais, além disso, é preciso estar saudável; ter acima de 50 quilos; bem como,  pessoas acima de 60 anos precisam ter feito a primeira doação pelo menos com 60 anos de idade; se for fumante, é necessário que tenha pelo menos ficado sem fumar duas horas antes da doação; também não pode ter ingerido bebida alcoólica pelo menos 12 horas antes da doação e ter tido uma alimentação saudável pelo menos três horas antes.

Para além destes critérios, há outros também não menos importantes, que são: não ter feito cirurgia nos últimos seis meses; pessoas que fizeram tatuagem, não podem fazer doação de sangue por durante um ano; pessoas que colocaram piercing em alguma parte do corpo também devem ficar sem doar sangue pelo período de um ano; e pessoas que têm doenças prévias, como hepatite B ou C ou anemia, não podem ser doadoras.

Ele explica que todos estes critérios são detectados durante a triagem. Desta forma, existe a triagem clínica e hematológica. A avaliação clínica é realizada por meio de uma entrevista para saber se a pessoa está apta a realizar a doação. Se ela estiver, logo após, realizam a avaliação laboratorial, onde é feito um exame de hemoglobina, para saber se a pessoa pode ou não doar. Após a doação, é retirada uma parte do sangue para a realização de um exame que é encaminhado para Salvador. Este exame é feito para a detecção de doenças, como Aids ou até mesmo hepatite. Se por acaso, por meio do exame, alguma doença for identificada no sangue doado, aquele sangue já não poderá mais servir para a doação.

Portanto, Dr. Luiz disse que, atualmente, o banco de sangue da Hemoba de Guanambi encontra-se em um quadro crítico, pois, no último mês, de 463 pessoas que demonstraram interesse em doar sangue, apenas 350 estavam aptas a doar. Devido a isso, só estão tendo 28 bolsas de sangue disponíveis. Ele deixou um apelo para Guanambi e região procurar doar mais sangue, porque os sangues coletados pelo Hemoba de Guanambi não são apenas para atender pacientes de Guanambi, mas também de toda a região que depende do Hospital Regional.

Dê um clique no vídeo ou no áudio e acompanhe a entrevista completa com o Dr. Edson Luiz. Veja também as dúvidas dos ouvintes e as participações em relação ao tema.

FONTE: NEIDE LÚ - FALA VOCÊ

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