ALBA: COLEGIADO DEBATE ESTÁGIO DA PANDEMIA NA BAHIA

 

  
Trabalhos da audiência foram coordenados pelo deputado Angelo Almeida (PSB), presidente da Comissão da Covid-19
                                                                Foto: AscomALBA/AgênciaALBA


                                    
A pandemia da Covid-19 afetou todos os estados brasileiros. Na Bahia, a situação foi observada pela Comissão Especial para Avaliação dos Impactos da Pandemia do Covid-19. Em audiência pública na manhã desta quarta-feira, com a presença da secretária de saúde, Dra. Adélia Pinheiro, junto com o presidente do colegiado, o deputado Angelo Almeida (PSB) e as deputadas petistas Maria del Carmem Lula e Fátima Nunes Lula, o deputado Tiago Correira (PSDB) e a sociedade civil debateram o atual estágio da pandemia no Estado. A atividade aconteceu de forma remota, por videoconferência.

O presidente do colegiado, deputado Angelo Almeida, lembrou que o objetivo da comissão é avaliar os impactos da pandemia na vida do povo baiano em diversas perspectivas, seja na saúde, na economia, na educação, no meio ambiente, nas finanças do Estado e dos municípios.
O deputado aproveitou pra fazer uma retrospectiva da atuação do colegiado. Lembrou da presença do ex-secretário de saúde na comissão e acredita que muita coisa tenha sido modificada em um ano.

Por isso, os parlamentares questionaram a secretária sobre vários assuntos, como uso de máscara, o avanço da vacinação, sobre a possibilidade de realização do São João e quando acaba a pandemia.

Sobre o uso de máscara, a secretária Adélia Pinheiro afirmou que a flexibilização do uso em espaços abertos só deve ser feita com a cobertura vacinal de no mínimo 80%, apesar de acreditar que o ideal seja de 90%. Para ela, o uso deve permanecer em ambientes fechados e que, provavelmente, esse seja o legado da pandemia.

Para avançar no ciclo vacinal, a secretária insistiu que os municípios precisam realizar busca ativa, principalmente em grupos em vulnerabilidade, como moradores de rua. Pinheiro denunciou o vazio de políticas públicas do Governo Federal para populações em situações de rua e que essa lacuna está trazendo consequências para completar a vacinação.

“A Secretaria de Saúde do Estado defende o Sistema Único de Saúde como um direito constitucional para todas as pessoas”, disse. Acredita que o Governo da Bahia tem essa preocupação com as pessoas e que tem buscado enfrentar todas as notícias inverídicas sobre o vírus.

Ao ser questionada sobre o fim da pandemia e sobre a realização de atividades, como o São João, a doutora Adélia Prado foi taxativa: “É a Organização Mundial de Saúde (OMS) que tem o poder de decretar a pandemia e só ela que pode decretar o seu fim”. Ela acredita que para a OMS declarar a Covid-19 como uma endemia ainda falta muito. Pede para que todas as pessoas continuem reforçando os cuidados básicos: cuidar da higiene pessoal, usar mascara, lavar as mãos e manter o distanciamento social.

E finalizou dizendo que, ao longo de dois anos, não houve um período que o vírus tenha se comportado da mesma forma. A secretária afirmou que, na Bahia, cada onda teve comportamentos distintos. Segundo ela, essa ação não oferece elementos seguros para saber do futuro.

“O passado não oferece elementos seguros para prever o futuro. Por isso, não tenho como prever se vai ter uma quarta onda ou se teremos festa de São João. O que posso dizer é que tenho esperança na ciência, espero que ela avance mais e nos ofereça outras ferramentas para o enfrentamento da pandemia. Até lá, é bom continuarmos tendo cautela”.

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