Boquira: Jovens tentam evitar despejo de residência estudantil; local tem estrutura degradada
BAHIA NOTÍCIAS
por Francis Juliano
Residentes da Casa de Estudantes Secundaristas e Universitários de Boquira (Cesub) tentam evitar o fechamento do local. O imóvel que abriga estudantes boquirenses na Rua da Mangueira no bairro de Nazaré, em Salvador, já foi notificado pela Defesa Civil de Salvador [Codesal] em novembro do ano passado. O recado era para que a prefeitura da cidade, situada na Bacia do Paramirim, Sudoeste baiano, fizesse reformas urgentes.
A estrutura estava degradada, com risco à integridade dos moradores. Três meses depois, o cenário é mesmo. Paredes e tetos rachados, fios elétricos à mostra, pilastras corroídas. Segundo a presidente da Cesub, a estudante de direito, Jaina Bárbara, o caso já foi exposto diversas vezes à prefeitura, mas não há retorno por parte da gestão municipal. Na tarde desta terça-feira (22), um novo ofício foi enviado pela Cesub à prefeitura de Boquira. A estudante contou que na última vez que esteve com representantes da prefeitura, no dia 8 de fevereiro, foi sugerido o despejo dos residentes no prazo de dez dias, o que lhe surpreendeu.
Foto: Divulgação / Cesub
“A prefeitura nos comunicou que a gente teria de sair. Eu questionei sobre a situação, mas foi isso que comunicaram”, relata. Antes da pandemia, cerca de 40 jovens moravam na residência. Atualmente, 13 ainda estão no espaço e precisam continuar por conta de trabalho e estágio, por exemplo. Jaina Bárbara diz que a situação da residência foi se agravando com o tempo, resultado da falta de manutenção de várias gestões. O último reparo no local data de 2002.
“Como o imóvel é bem antigo, ele precisa de manutenção regular. E como isso não foi feito, a residência foi se deteriorando e por isso chegamos a esse ponto”, acrescenta. O Bahia Notícias tentou o contato com a prefeitura de Boquira, mas não conseguiu falar com representantes da gestão municipal.
Fundada em 1973, a Cesub abriga estudantes de baixa renda de Boquira na capital baiana. Em 1985, a residência se tornou bem de utilidade pública do município.
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