MEMÓRIAS DE GUANAMBI


Lagoa de Beija-flor




JORGE JORNAIS

No local onde hoje estão construídos o Mercado Municipal e a feira de livre de Guanambi, ficava a antiga Lagoa de Beija-flor. Com cerca de 1000 m de extensão e 200 de largura, a lagoa começou a desaparecer no ano de 1988, quando o riacho Belém foi desviado do seu curso original para não mais abastecê-la e iniciou-se o seu aterramento.


Sua existência, permitiu no passado, o surgimento de um pouso de tropeiros, que abrigavam seus animais às margens da lagoa, onde não faltava pasto, e se reuniam à sombra de um umbuzeiro, vendendo ou trocando suas mercadorias, nascendo ali, a feira livre de Beija-flor, o que muito contribuiu para o progresso do povoado.



Durante muitos anos, a Lagoa de Beija-flor abasteceu Guanambi, foi local de trabalho das lavadeiras, dos aguadeiros que forneciam água nas residências e comércios do lugar, dos passeios de canoa, das águas serenas, da beleza exuberante da pedra do Pote, do girar do cata-vento. Entretanto, o progresso soterrou esse passado glorioso, desconhecido por muitos, mas vivo na memória daqueles que conheceram a Lagoa de Beija-flor.



Fonte: Uma Lagoa na trilha das tropas, Terezinha Teixeira Santos

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