Igaporã: Sindicato denuncia coação contra trabalhadores da Santa Rita e agressão a sindicalistas
Confusão com perseguição policial e prisão de dois sindicalistas da Força Sindical/BA movimentou as primeiras horas da manhã da quinta-feira, dia 21, em Igaporã.
Segundo informações do Sindicalista Valdeli Rosa, Diretor de Saúde e Segurança Ocupacional do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav/Bahia), dois representantes sindicais foram abordados e agredidos pela Polícia Militar, em Igaporã, enquanto atuavam conforme suas funções e respaldados pelo direito de greve.
Rosa relata que os companheiros estavam circulando para evitar que os ônibus transportassem os trabalhadores para os locais de trabalho no parque eólico, recolhendo as chaves dos coletivos e impedindo a saída.
A Polícia Militar foi acionada pela Empresa Santa Rita e iniciou uma perseguição aos representantes do Sintepav, pelas ruas da cidade. Os dois sindicalistas que temiam por suas integridades físicas, não obedeceram à ordem de parada e prosseguiram até a Praça Bernardo de Brito, próximo a outros trabalhadores do parque eólico.
Rosa justifica a fuga que causou a perseguição policial, porque os representantes do Sintepav temiam uma abordagem policial longe dos outros trabalhadores. Informa que os policiais já chegaram agredindo os dois sindicalistas. Detalha, ainda, que ambos foram algemados mesmo sem oferecer resistência e conduzidos à Delegacia de Polícia no fundo da viatura.
Os detidos aguardaram algemados do lado de fora da Delegacia, que estava com as portas fechadas, até a chegada do Delegado. Uma grande quantidade de trabalhadores da Empresa Santa Rita, com colegas da Empresa Seta, que participam da construção do parque eólico, se aglomeraram em frente à Depol reivindicando a liberdade dos homens detidos. Rosa narra que um dos PMs sacou a arma e ameaçou atirar para o alto.
Segundo informações obtidas por nossa reportagem, os dois sindicalistas se recusaram a descer da viatura algemados e, posteriormente, sentaram no chão em sinal de protesto. Com a chegada do Delegado de Polícia, Dr. Nilo Efraim, iniciaram-se as negociações com os PMs para a retirada das algemas dos dois homens. Entretanto, os policiais resistiram e o Delegado conseguiu um acordo e a garantia de que os detidos entrariam na Delegacia para resolução da situação. O próprio Delegado abriu as algemas, sendo aplaudido pela multidão de trabalhadores. Os envolvidos na situação foram ouvidos e liberados.
A nossa reportagem teve acesso ao relatório da Polícia Militar sobre a ocorrência. Conforme narrativa dos PMs que participaram da operação policial, a corporação foi acionada por volta das 5h50, por um homem identificado como Cristiano Pereira Fernandes, informando que as chaves do ônibus que conduzia foram tomadas por dois indivíduos não identificados, que se dirigiram ao centro da cidade em veículo modelo VW Voyage, de cor branca, placa OUN 3911, de Camaçari/BA.
A viatura iniciou buscas ao veículo conseguindo localizar em poucos minutos. Os policiais informaram que o condutor desobedeceu à ordem de parada e iniciou uma fuga, sendo interceptado na Praça Bernardo de Brito. Durante a revista, foram encontradas as chaves do ônibus coletivo no interior do porta-malas. Os dois homens detidos foram identificados como Alessandro Santos Ribeiro e Diogo G. dos Santos.
A greve.
Segundo Valdeli Rosa o movimento grevista iniciado na última terça-feira, dia 18, tem por objetivo preservar os direitos dos trabalhadores da Empresa Santa Rita que, após várias tentativas do Sintepav, não se dispôs a negociar a pauta de reivindicações trabalhistas. A empresa foi convidada por diversas vezes, mas não compareceu às reuniões agendadas.
O sindicato reivindica a assinatura do acordo específico de parque eólico, que prevê o fornecimento de cesta básica diferenciada aos trabalhadores na área do parque eólico, a participação nos lucros e resultados, folga no dia do pagamento, visita familiar em outros estados a cada 60 dias e implementação de planos de saúde e odontológico.
O Sindicato alega que a empresa oferece folga a cada 90 dias para visitas à família, quando o trabalhador for originário de outro estado, com espaço de três dias destinados ao convívio familiar. Com esse prazo, o trabalhador não conseguiria se deslocar para retornar no tempo exigido. Na prática, Rosa denuncia que as folgas são permitidas a cada 120 dias.
O Sintepav esclarece que, diante da recusa à negociação, por parte da Santa Rita, deu entrada com um edital de greve na Justiça do Trabalho. Por sua vez, a Santa Rita entrou com uma Ação de Interdito Proibitório, para jogar o movimento na ilegalidade. A Justiça do Trabalho negou o pedido da empresa.
Valdeli enfatiza que o movimento grevista transcorre de forma pacífica, no entanto, reclama que a Santa Rita utiliza estratégias de coação contra os trabalhadores, forçando-os a trabalhar para esvaziar a greve, sob pena de demissão.
O Sindicato utiliza representantes para impedir a saída dos ônibus que transportam trabalhadores para o canteiro de obras, como uma forma de garantir o direito à greve. Na manhã desta sexta-feira, houve a interceptação policial quando os sindicalistas recolhiam as chaves dos ônibus utilizados pela Santa Rita. Para Valdeli, a empresa utiliza a PM contra o movimento grevista, como forma de evitar a paralisação das atividades.
Rosa informa que existem entre 3500 e 4000 trabalhadores atuando na construção dos parques eólicos em Igaporã, Caetité, Guanambi e Pindaí. Somente em Igaporã, o Sintepav calcula a existência de um número superior a mil trabalhadores. (Via Cristiano Fadel- Rádio Igaporã)
Segundo informações do Sindicalista Valdeli Rosa, Diretor de Saúde e Segurança Ocupacional do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav/Bahia), dois representantes sindicais foram abordados e agredidos pela Polícia Militar, em Igaporã, enquanto atuavam conforme suas funções e respaldados pelo direito de greve.
Rosa relata que os companheiros estavam circulando para evitar que os ônibus transportassem os trabalhadores para os locais de trabalho no parque eólico, recolhendo as chaves dos coletivos e impedindo a saída.
A Polícia Militar foi acionada pela Empresa Santa Rita e iniciou uma perseguição aos representantes do Sintepav, pelas ruas da cidade. Os dois sindicalistas que temiam por suas integridades físicas, não obedeceram à ordem de parada e prosseguiram até a Praça Bernardo de Brito, próximo a outros trabalhadores do parque eólico.
Rosa justifica a fuga que causou a perseguição policial, porque os representantes do Sintepav temiam uma abordagem policial longe dos outros trabalhadores. Informa que os policiais já chegaram agredindo os dois sindicalistas. Detalha, ainda, que ambos foram algemados mesmo sem oferecer resistência e conduzidos à Delegacia de Polícia no fundo da viatura.
Os detidos aguardaram algemados do lado de fora da Delegacia, que estava com as portas fechadas, até a chegada do Delegado. Uma grande quantidade de trabalhadores da Empresa Santa Rita, com colegas da Empresa Seta, que participam da construção do parque eólico, se aglomeraram em frente à Depol reivindicando a liberdade dos homens detidos. Rosa narra que um dos PMs sacou a arma e ameaçou atirar para o alto.
Segundo informações obtidas por nossa reportagem, os dois sindicalistas se recusaram a descer da viatura algemados e, posteriormente, sentaram no chão em sinal de protesto. Com a chegada do Delegado de Polícia, Dr. Nilo Efraim, iniciaram-se as negociações com os PMs para a retirada das algemas dos dois homens. Entretanto, os policiais resistiram e o Delegado conseguiu um acordo e a garantia de que os detidos entrariam na Delegacia para resolução da situação. O próprio Delegado abriu as algemas, sendo aplaudido pela multidão de trabalhadores. Os envolvidos na situação foram ouvidos e liberados.
A nossa reportagem teve acesso ao relatório da Polícia Militar sobre a ocorrência. Conforme narrativa dos PMs que participaram da operação policial, a corporação foi acionada por volta das 5h50, por um homem identificado como Cristiano Pereira Fernandes, informando que as chaves do ônibus que conduzia foram tomadas por dois indivíduos não identificados, que se dirigiram ao centro da cidade em veículo modelo VW Voyage, de cor branca, placa OUN 3911, de Camaçari/BA.
A viatura iniciou buscas ao veículo conseguindo localizar em poucos minutos. Os policiais informaram que o condutor desobedeceu à ordem de parada e iniciou uma fuga, sendo interceptado na Praça Bernardo de Brito. Durante a revista, foram encontradas as chaves do ônibus coletivo no interior do porta-malas. Os dois homens detidos foram identificados como Alessandro Santos Ribeiro e Diogo G. dos Santos.
A greve.
Segundo Valdeli Rosa o movimento grevista iniciado na última terça-feira, dia 18, tem por objetivo preservar os direitos dos trabalhadores da Empresa Santa Rita que, após várias tentativas do Sintepav, não se dispôs a negociar a pauta de reivindicações trabalhistas. A empresa foi convidada por diversas vezes, mas não compareceu às reuniões agendadas.
O sindicato reivindica a assinatura do acordo específico de parque eólico, que prevê o fornecimento de cesta básica diferenciada aos trabalhadores na área do parque eólico, a participação nos lucros e resultados, folga no dia do pagamento, visita familiar em outros estados a cada 60 dias e implementação de planos de saúde e odontológico.
O Sindicato alega que a empresa oferece folga a cada 90 dias para visitas à família, quando o trabalhador for originário de outro estado, com espaço de três dias destinados ao convívio familiar. Com esse prazo, o trabalhador não conseguiria se deslocar para retornar no tempo exigido. Na prática, Rosa denuncia que as folgas são permitidas a cada 120 dias.
O Sintepav esclarece que, diante da recusa à negociação, por parte da Santa Rita, deu entrada com um edital de greve na Justiça do Trabalho. Por sua vez, a Santa Rita entrou com uma Ação de Interdito Proibitório, para jogar o movimento na ilegalidade. A Justiça do Trabalho negou o pedido da empresa.
Valdeli enfatiza que o movimento grevista transcorre de forma pacífica, no entanto, reclama que a Santa Rita utiliza estratégias de coação contra os trabalhadores, forçando-os a trabalhar para esvaziar a greve, sob pena de demissão.
O Sindicato utiliza representantes para impedir a saída dos ônibus que transportam trabalhadores para o canteiro de obras, como uma forma de garantir o direito à greve. Na manhã desta sexta-feira, houve a interceptação policial quando os sindicalistas recolhiam as chaves dos ônibus utilizados pela Santa Rita. Para Valdeli, a empresa utiliza a PM contra o movimento grevista, como forma de evitar a paralisação das atividades.
Rosa informa que existem entre 3500 e 4000 trabalhadores atuando na construção dos parques eólicos em Igaporã, Caetité, Guanambi e Pindaí. Somente em Igaporã, o Sintepav calcula a existência de um número superior a mil trabalhadores. (Via Cristiano Fadel- Rádio Igaporã)
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