Eliana Calmon faz discurso criticando a corrupção no País e a "política velha"

Tribuna da Bahia

por
Lilian Machado
Publicada em 20/12/2013 06:35:18


Recebida como estrela no Partido Socialista Brasileiro (PSB), a ex-minsitra Eliana Calmon, combatente dos bandidos de toga, como ficou conhecida pelos seus posicionamentos no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sinalizou que a corrupção e as velhas práticas da política serão suas bandeiras na corrida eleitoral de 2014.
“Chega, não aguenta-mos mais. A corrupção está corroendo os pilares da sociedade e ameaça as conquistas sociais que o Brasil alcançou. Estou certa de que o povo baiano não me faltará, estaremos juntos para vencer o ovo da serpente, vamos fazer uma campanha sem estar atrelada a esta máquina que é uma verdadeira camisa de força que é a força do dinheiro”, enfatizou Eliana Calmon.
Sem esconder a satisfaçao em tê-la em seu time, a senadora Lídice da Mata, enfatizou que a ex-ministra será a terceira senadora do PSB e vai “carregar a bandeira do partido de forma digna”.
“A Bahia que recebe vocês é a Bahia que rompeu com a perseguição, que rompeu o tempo obscuro. É a Bahia que quer ser protagonista, e as mulheres estão sendo chamadas para isso. Eu gostaria que nós já tivéssemos a segunda mulher prefeita de Salvador para acabar com a desigualdade. Quem sabe posso vir a ser a primeira mulher a governar a Bahia?”, discursou Lídice.
A pré-candidata ao Senado retribuiu ao mostrar sua simpatia pelo PSB e pela ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, idealizadora da Rede.
Eliana lembrou que recebeu convites de outros partidos políticos, mas que estava indecisa entre filiar-se à Rede e ao PSB.
“Foi uma explosão no meu coração quando abri o jornal no dia no dia 6 de outubro e vi que a Rede estava no PSB. Não precisei mais escolher, o destino escolheu para mim”, afirmou.
A ex-ministra lembrou ainda os difíceis momentos na corregedoria do CNJ e teve que revelar sua “fibra” de baiana. 
“No momento que eu estava no meio do fogo cruzado de todas as associações de magistrados que contra mim se levantavam eu disse: não se metam comigo que eu sou baiana. E e eu não poderia deixar que isso fossem apenas palavras. É aqui que está o meu coração”, disse, lembrando a sua preferência por entrar na política em sua terra natal, após 34 anos de Judiciário.
Ela também demonstrou que está disposta a enfrentar o desconhecido e lembrou a resposta que obteve dos líderes Eduardo Campos e Lídice, em relação ao seu baixo patrimônio.
“Recebi como resposta: ‘Nós queremos fazer uma política diferente, uma política de cidadania e isso não tem a mínima importância, e sua popularidade não é tão pequena em função do mote maior que a senhora está discutindo, que é o combate à corrupção’”.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Trecho do Livro do Padre João Baptista Zecchin: O Ipê e o Amigo

Lideranças políticas, ambientais, comunitárias e institucionais aderem ao movimento pela criação da 14ª zona de turismo da Bahia