SUCESSÃO ESTADUAL


Pimenta na Muqueca

Autor: Davidson

Marco Wense

Wagner (centro) bateria Souto e Geddel ainda no primeiro turno.

Souto, Wagner e Geddel.

A pesquisa do instituto Datafolha, de inquestionável credibilidade, serviu para colocar um ponto final nas provocações entre petistas, democratas, tucanos e peemedebistas.

Antes do Datafolha, era um Deus nos acuda. Quando saia uma pesquisa do PT, com Wagner na dianteira, o PMDB soltava os cachorros. O DEM, por sua vez, dizia que Paulo Souto estava na frente.

Agora, não. Democratas, tucanos e peemedebistas já admitem à reeleição do governador Jaques Wagner logo no primeiro turno, até mesmo com uma boa diferença em relação ao segundo colocado.

A bola da vez, no sentido negativo, é Paulo Souto, que enfrenta dois pré-candidatos que ocupam importantes cargos na máquina pública: governador do Estado e ministro da Integração Nacional.

Das verbas destinadas à Bahia pelo ministério comandado por Geddel Vieira Lima, 68% vão para as prefeituras do PMDB. A legenda tem 115 Centros Administrativos de um total de 417.

Para colocar mais lenha na fogueira do desentendimento entre petistas e peemedebistas, o deputado Marcelo Nilo (PDT), presidente do Parlamento estadual, diz que “das 115 prefeituras do PMDB, 78 já declararam apoio à reeleição de Wagner”.

Geddel quer ser o herdeiro político do carlismo. Quer arrebanhar as ovelhas carlistas que não acreditam na eleição de Paulo Souto e, como consequência, assumir a segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto.

Algumas lideranças do DEM já começam a ficar irritadas com a estratégia do PMDB de minar à pré-candidatura de Souto, dizendo até que o democrata vai desistir para concorrer ao Senado da República.

A pesquisa do Datafolha, para os democratas, foi um alerta. Para os peemedebistas, uma esperança. Para os petistas, a possibilidade cada vez mais concreta de uma vitória de Wagner no primeiro turno.

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