PIG: “O CONDUTOR DOS POVOS” COMO ELE FUNCIONA NA BAHIA?
Vou publicar trechos de esclarecedor artigo de Luis Nassif publicado em seu Blog, continuando a linha do artigo publicado abaixo:
“a oposição abandonou o barco da mídia"
Por Luis Nassif, em seu blog
Com o campo das ideias em aberto, sem ninguém para os coordenar, a comitiva midiática desembestou.
Imersos em um ataque continuado de megalomania, colunistas se viram como os novos heróis da civilização cristã ocidental, que fez com que as meninas daqui, colunistas culturais e de variedades dali, colunistas políticos e econômicos, até cronistas de costumes, poetas e produtores musicais do eixo Paulista-Ipanema se transmudassem em condutores de povos. Disseminando o quê? Slogans, preconceitos e fel.
Imagino meus amigos colunistas políticos e econômicos em um palanque lavando as mãos com álcool depois de cumprimentar qualquer um do “povo” – aliás, único ponto em comum com Serra.
Só o fato de se lembrarem que um dia foram povo já os deixa com crises existenciais profundas. E foram eles que passaram a “ensinar” ao PSDB como falar para o povo e como falar para a elite.
No continente, todas as políticas neoliberais geraram derrotas políticas estrondosas e o advento de governos populares (como Lula), ou populistas (como Chávez).
No campo popular, essa insensibilidade sepultou partidos e governantes. No campo dos conceitos, o neoliberalismo virou pó com a eclosão da crise.
E nossos condutores de povos, conhecendo apenas o ambiente restrito e auto-referenciado de suas fontes, pretendendo orientar a oposição sobre como se comunicar com o Brasil.
Mal conhecendo a Avenida Paulista e o Itaim, (Av. Tancredo Neves? Av. ACM? acrescimo do editor…) queriam expelir regras para o país. O Brasil se tornou o museu da cera desse neoliberalismo de orelha de livro.
Agora, caiu a ficha da oposição. E as meninas, impossíveis, passam a puxar a orelha de todo mundo, do governador A, que teve um gesto de gentileza aqui; do B, que compareceu a uma cerimônia com Lula ali; do C, que não xingou o Judas do presidente acolá.
A oposição abandonou os condutores de slogans. Porém, tarde demais para reconstruir seu discurso político.
O grande desafio, daqui para frente, será a construção de uma nova oposição, provavelmente de centro-direita – elemento fundamental para o aprimoramento das instituições nacionais.
A atual, morreu. Ou melhor, suicidou-se.”
(e na Bahia? como funciona ?)
Antonio do Carmo
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