EDITORIAL
Uma cúpula comunista em São Paulo
O 10º Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, aberto hoje é simbólico pelo fato de uma reunião desta envergadura acontecer em uma capital sul-americana, como São Paulo, escolha que reflete o atual estágio da luta progressista e anti-imperialista no continente, e reforça as novas experiências progressistas e de esquerda que podem abrir caminhos concretos para a construção da via socialista.
A reunião ocorre no contexto do agravamento da crise financeira internacional e das perspectivas de mudança que ela importa. O neoconservadorismo dominante está contra a parede, e a fracassada política neoliberal subjacente a ele parece posta de lado mesmo pelos países imperialistas dominantes e pelas agência econômicas internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.
Neste contexto, o centro da questão posta para os comunistas e revolucionários é encontrar uma saída avançada e que respeite os interesses dos trabalhadores e dos povos. Este é o principal desafio que vai pautar os debates dos comunistas reunidos em São Paulo, de hoje a domingo.
Os comunistas identificam duas tendências que frequentam o debate sobre a crise.
Uma é a solução defendida pela burguesia monopolista, que agora clama pela ação do governo na economia e vira as costas para o Estado não intervencionista que defendia nas últimas décadas. Para ela, a crise legitima o uso indiscriminado de dinheiro público (medido na casa das centenas de bilhões de dólares) para salvar bancos e empresas monopolistas. Empresas que, até agora, não aceitavam repartir seus lucros escandalosos para fortalecer a capacidade dos governos adotarem políticas geradoras de empregos, de distribuição de renda, ou aplicarem em programas sociais.
A outra corrente é representada pela social-democracia, que difunde a ilusão de que a regulamentação dos mercados e a criação de um ''multilateralismo financeiro'' colocariam um freio no cassino global e ajudariam a ''civilizar'' o capitalismo, recolocando-o na trilha produtiva, do emprego e da distribuição de renda. A crise, encarada de forma moralista como resultado apenas da ação anti-ética e gananciosa de investidores insensíveis e irresponsáveis seria, assim, solucionada.
Os comunistas rejeitam estas duas tendências, sem ilusões sobre qualquer possibilidade de melhorias no capitalismo, ao qual as crises são inerentes. Ao contrário, enfatizam a gravidade da crise, rejeitam soluções que, voltadas para os grandes investidores e capitalistas, jogam o pagamento dos estragos sobre os ombros dos trabalhadores e dos povos. Os comunistas convocam os trabalhadores para a luta, contribuindo ''de maneira decisiva para uma real mudança nos rumos internacionais”, como diz José Reinaldo Carvalho, secretário de Relações Internacionais do PCdoB.
A construção de uma convivência humana mais avançada exige a superação do sistema capitalista: este é o substrato do pensamento dos comunistas. É o que disse o presidente nacional do PCdoB, Renato Rebelo, em sua intervenção de abertura do 10° Encontro, quandon lembrou que as crises expõem os limites históricos do capitalismo. A atual, disse, ''não pode ser resolvida de forma efetiva nos marcos do sistema capitalista. A verdade se impõe: o tempo vai confirmando que a saída de fundo é o socialismo''.
Convicção reafirmada, e fortalecida, em São Paulo pelos representantes das mais de setenta organizações que participam desta verdadeira cúpula dos partidos comunistas e operários de todo o planeta.
A reunião ocorre no contexto do agravamento da crise financeira internacional e das perspectivas de mudança que ela importa. O neoconservadorismo dominante está contra a parede, e a fracassada política neoliberal subjacente a ele parece posta de lado mesmo pelos países imperialistas dominantes e pelas agência econômicas internacionais, como o FMI e o Banco Mundial.
Neste contexto, o centro da questão posta para os comunistas e revolucionários é encontrar uma saída avançada e que respeite os interesses dos trabalhadores e dos povos. Este é o principal desafio que vai pautar os debates dos comunistas reunidos em São Paulo, de hoje a domingo.
Os comunistas identificam duas tendências que frequentam o debate sobre a crise.
Uma é a solução defendida pela burguesia monopolista, que agora clama pela ação do governo na economia e vira as costas para o Estado não intervencionista que defendia nas últimas décadas. Para ela, a crise legitima o uso indiscriminado de dinheiro público (medido na casa das centenas de bilhões de dólares) para salvar bancos e empresas monopolistas. Empresas que, até agora, não aceitavam repartir seus lucros escandalosos para fortalecer a capacidade dos governos adotarem políticas geradoras de empregos, de distribuição de renda, ou aplicarem em programas sociais.
A outra corrente é representada pela social-democracia, que difunde a ilusão de que a regulamentação dos mercados e a criação de um ''multilateralismo financeiro'' colocariam um freio no cassino global e ajudariam a ''civilizar'' o capitalismo, recolocando-o na trilha produtiva, do emprego e da distribuição de renda. A crise, encarada de forma moralista como resultado apenas da ação anti-ética e gananciosa de investidores insensíveis e irresponsáveis seria, assim, solucionada.
Os comunistas rejeitam estas duas tendências, sem ilusões sobre qualquer possibilidade de melhorias no capitalismo, ao qual as crises são inerentes. Ao contrário, enfatizam a gravidade da crise, rejeitam soluções que, voltadas para os grandes investidores e capitalistas, jogam o pagamento dos estragos sobre os ombros dos trabalhadores e dos povos. Os comunistas convocam os trabalhadores para a luta, contribuindo ''de maneira decisiva para uma real mudança nos rumos internacionais”, como diz José Reinaldo Carvalho, secretário de Relações Internacionais do PCdoB.
A construção de uma convivência humana mais avançada exige a superação do sistema capitalista: este é o substrato do pensamento dos comunistas. É o que disse o presidente nacional do PCdoB, Renato Rebelo, em sua intervenção de abertura do 10° Encontro, quandon lembrou que as crises expõem os limites históricos do capitalismo. A atual, disse, ''não pode ser resolvida de forma efetiva nos marcos do sistema capitalista. A verdade se impõe: o tempo vai confirmando que a saída de fundo é o socialismo''.
Convicção reafirmada, e fortalecida, em São Paulo pelos representantes das mais de setenta organizações que participam desta verdadeira cúpula dos partidos comunistas e operários de todo o planeta.
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