ILHÉUS COMEÇA A DESCER A LADEIRA


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O sinal já passou do VERDE para o AMARELO.

ESPACO ABERTO JOSE REZENDE

Para passar para o VERMELHO é rapidinho.

JOSE REZENDE MENDONCA
          Sabemos muito bem o caos que nossa cidade atravessa e isto fica mais evidente quando nos deparamos em outras cidades, aqui mesmo no estado da Bahia.
Foto: José Rezende
Foto: José Rezende
         Sabemos também, que os dois últimos governos não tiveram nenhum comprometimento com esta cidade tão desprezada, desde os tempos das Capitanias Hereditárias, quando aqui Jorge Figueiredo Correia não veio tomar conta do seu quinhão e mandou no seu lugar o português Francisco Romero.
       São Jorge como padroeiro, também não foi suficiente para protegê-la, foi preciso pedir socorro a Nossa Senhora da Vitória, tornando assim a única cidade que conheço com dois padroeiros oficiais, e por pouco São Sebastião também não entrou na briga.
        Sabemos de tudo isso e muito mais, mas como cidadão fanático por esta terra, tudo parece que irei passar por aqui, e deixá-la talvez pior, do que quando aqui nasci no meu amado bairro do Pontal.
         Talvez eu tenha sido incompetente, talvez não tenha sabido gritar, talvez não tenha sabido votar, talvez não me ensinaram a votar correto, ou talvez fiz tudo certo e eles, os governantes, que sempre souberam estar no poder, me iludiram o tempo todo, e eu não tenha do que reclamar.
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         “Em nome da democracia me ensinaram a votar no “menos pior”, no “rouba mais faz”, no mais“novo na política”, no “jovem”, e fiz tudo isso, e de nada adiantou, então me parece que só existe uma saída, ANULAR O VOTO para dizer: “Não fui eu quem o colocou lá”, “o povo tem o governo que merece”, “vocês que votaram nele que se explodam”, pois é assim que sempre ouvir dos descrentes. Então parece-me, que não tem saída.
          Mas, deixemos pra lá e vamos ao que interessa neste momento. No mês passado estivemos no sertão baiano, mais precisamente na cidade de Guanambi. Cidade, que nos últimos trinta anos, a população quase que dobrou, com a mesma proporção em que a economia se desenvolveu, tendo o município, em 2010, alcançado a marca de 79,36% de taxa de urbanização, segundo o IBGE. Guanambi se destaca com sua infraestutura em todo município, como rodovias, usinas de beneficiamento de algodão e o aeroporto. Em poucos anos, a cidade recebeu inúmeros investimentos em infraestrutura urbana, com a instalação de agências bancárias, hospitais de média e alta complexidade, centros educacionais de alta capacidade e construção de vias de escoamento para a crescente frota de veículos, além de um boom imobiliário, principalmente no que diz respeito à construção civil em regiões próximas ao Centro. Que foi uma surpresa para mim, de como uma cidade naquele sertão tão “brabo”, vivam pessoas tão comprometidas com a dignidade humana.
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      Pensei até que estivesse sonhando, com tanta diferença entre ela e a nossa Ilhéus. Uma cidade daquele porte tem: Todos ou quase todos os órgãos federais, estaduais, uma prefeitura e suas secretarias, além da Câmara Municipal, numa quadra bem arborizada, bem cuidada, e assim por toda cidade.
         Sua infraestrutura no que diz respeito às avenidas, pavimentações asfalticas, saneamentos e luminosidade chegam primeiros, onde suas avenidas na maioria são de quatro pistas, iluminação de 1° mundo, arborizadas, mesmo para os loteamentos onde se tem pouquíssimas residências ou quase nenhuma. Isto vem ao inverso de quase todas as cidades que conheço aonde estas infraestruturas, só chegam bem depois de várias residências concluídas, e mesmo assim, quando chegam. O exemplo disto são os vários bairros de nossa cidade, que vindos à contramão, estão abandonados sem as devidas infraestruturas. Sua sinalização de trânsito é impecável, inclusive em todos os bairros, e vale ressaltar, com placas e semáforos novos e modernos (contagem do tempo de espera), tudo sob o comando da Secretaria de Trânsito há seis anos apenas.
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Uma cidade com três universidades (uma estadual e duas particulares), três hospitais (Hospital Regional com Neonatal e dois particulares), muito bem equipados e funcionando humanamente. Várias concessionárias de veículos e motos, inclusive de caminhões, postos médicos, escolas, etc., tudo  funcionando e bem cuidados.
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Não vi lixão ou o tal “ponto de apoio”, para não dizer imundice e falta de vergonha, que foi criado em Ilhéus para os carroceiros, caçambeiros e o povo mal educado.
Escreveríamos aqui “enes” páginas, só de elogios aquela cidade, que na verdade, não foi só ela, e sim diversas outras que conhecemos neste sertão baiano.
Foto: José Rezende
Foto: José Rezende
        E é por isso que fico a me perguntar, o que foi que fizeram com Ilhéus, para ela parasse no tempo, vendo a banda passar? Seria por que a administração atual está exprimida entre os quatro cantos feito escorpião, e talvez tenha que se matar usando o seu próprio veneno? Por que tão acuada, que nem é possível executar o “feijão com arroz”?
      Bom, dos desgovernos dos últimos oito anos todos nós sabemos, e eles muito mais que nós, que disseram que Ilhéus tinha jeito. E agora por que parou?…Ilhéus tem pressa, Ilhéus precisa “pegar no tombo”, não podemos esperar mais, e a receita mais barata para esta infame doença, seria uma dose de remédio homeopático, até sair da UTI. Mas, o que não podemos é lamentar e dizer que a coisa está pior do que imaginávamos. Esta desculpa não cabe mais, então ou se faz das “tripas corações”, ou vem pra ruas dar cara à tapa, para não passar pelo vexame último, que seria lamentável pelo seu grau de maturidade e poder de barganha nas esferas estaduais e federal.
       Também não podemos exagerar ou sermos radicais nas nossas reivindicações para não atropelarmos os direitos dos outros cidadãos, pois o que estamos assistindo nestes últimos dias em Ilhéus é cada um fazendo justiça com suas próprias mãos, e só estamos querendo direitos, e para o outro só dever. Sem inclusive dando aos mesmos o direito de ir e vir, como aconteceu na última passeata, ou sei lá o quê, pelos descendentes de índios e alguns galegos e por aí vai.
        Por fim, meu amigo prefeito Jabes Ribeiro, já está na hora de encontrar uma saída, pois o sinal já passou do verde para o amarelo e para passar para o vermelho é rapidinho, é questão de segundos. Ainda dá tempo, os que votaram pelo seu retorno ainda acreditam nisso. Agora, se por acaso Ilhéus está ingovernável e não está tendo o apoio que esperava, principalmente do governo estadual, é melhor ser humilde e deixar o cargo junto com todo o seu secretariado. Assim penso eu.
José Rezende Mendonça.


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