SEMINÁRIO EM BARREIRAS DEBATE OBRAS DA FERROVIA DE INTEGRAÇÃO OESTE-LESTE


Ascom Governo da Bahia
Para dinamizar o escoamento da produção de grãos e minérios da Bahia, a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) vai permitir a ligação entre o oeste do estado, na divisa com o Tocantins, ao Porto Sul, em Ilhéus. Dentro do Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), a ferrovia de 1.527 quilômetros de extensão envolve investimentos estimados em R$ 7,43 bilhões até 2014. 

A retomada de parte das obras, paralisadas em virtude de problemas técnicos e ambientais, foi tema do seminário ‘Fiol - A Bahia quer, o Brasil precisa’, realizado nesta sexta-feira (26), no município de Barreiras, na região, com a presença do governador Jaques Wagner, do vice-governador e secretário da Infraestrutura, Otto Alencar, além dos ministros César Borges (Transportes) e José Leônidas de Menezes Cristino (Portos).

Wagner afirmou que a ferrovia é de suma importância, não apenas para escoar a produção, mas para transportar insumos e fertilizantes até a região oeste. Ele destacou ainda a aceleração do desenvolvimento, impactando diretamente na economia de 140 municípios baianos. “A ferrovia dá mais competitividade a toda a área plantada exatamente porque é uma logística mais barata, menos poluente, e eu espero que até o final de 2014 estejamos entregando a obra”.
Mineração
A construção está sendo retomada em diversos trechos, com novas licitações, atendimento de exigências ambientais, conclusão de projetos executivos e desapropriação de áreas. As providências se concentram no trecho de 536 quilômetros entre Ilhéus e Caetité, fundamental para o escoamento da mineração. 

“Existem problemas do ponto de vista ambiental e do traçado, que podem ser resolvidos com estudos adequados”, disse o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-BA), Marco Amigo. De acordo com o ministro César Borges, estudos técnicos já foram feitos para equacionar as pendências que atrapalham o andamento das obras. “Estamos refazendo o projeto executivo, o que permite, no cronograma atual, a entrega até o próximo ano”.
Interligação reduzirá fluxo de caminhões e custo com transporte
Atualmente, o transporte da produção de soja da região de Barreiras é feito por intermédio de caminhões. Veículos pesados trafegam por rodovias como a BR- 242, que corta a cidade, trazendo diversos transtornos para a população local. “Os caminhões são muito pesados e atrapalham o trânsito, causando buracos e aumentando o risco de atropelamentos”, disse o mototaxista Manoel Barbosa.

Partindo de Figueirópolis (TO), a Fiol vai ligar as cidades de Barreiras, Caetité e Ilhéus. No total, a ferrovia passa por 49 municípios baianos. Além do desenvolvimento dos dois estados, a integração com a ferrovia Norte-Sul interligará o Norte (Tocantins e Maranhão), o Centro (Goiás) e o Nordeste (Bahia), reduzindo o fluxo de caminhões e o custo com transporte, oferecendo uma nova alternativa de logística para portos no norte do país atendidos pela Ferrovia Norte-Sul e Estrada de Ferro Carajás. 

Os produtores calculam em 30% a redução nos custos com transporte via Fiol. “Hoje, para exportar grãos fazemos mais de mil quilômetros de caminhão e isso é inaceitável”, afirmou o presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Júlio Busato. A produção de grãos do Centro-Oeste, por exemplo, passará a ser escoada via Porto Sul, em Ilhéus. Hoje é preciso transportar a safra de caminhão até os portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR).

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