Com recorde entre 2017 e 2022, concentração de renda aumentou com Bolsonaro
Tragédia social: entre 2017 e 2022, a fortuna dos mais ricos do Brasil cresceu a um ritmo três vezes maior que a média registrada por 95% da população
Estudo publicado pelo Ibre/FGV aponta privilégios tributários dos ricos como causa da desigualdade
A fortuna dos mais ricos do Brasil cresceu a um ritmo três vezes maior que a média registrada por 95% da população entre 2017 e 2022, e a concentração de renda atingiu “novo recorde histórico” no país. Os dados são de nota técnica publicada pelo Observatório de Política Fiscal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Privilégios tributários da atividade rural e do recebimento de lucros e dividendos são apontados como principal causa do aumento das desigualdades, situação agravada pelo governo Bolsonaro.
Segundo o economista responsável pela nota técnica, Sérgio Gobetti, que usou dados da Receita Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa evolução patrimonial recorde ocorreu depois de uma década de “relativa estabilidade da desigualdade”. Não por acaso, a mudança ocorreu após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016.
A análise mostra que, enquanto a maioria da população teve um crescimento nominal médio de 33% em sua renda no período de cinco anos, marcado pela pandemia, a variação registrada pelos mais ricos foi de 51%, 67% e, nos estratos mais seletos, de 87% Entre as 15 mil pessoas que compõem o 0,01% mais rico, o crescimento foi ainda maior: 96%.
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Da Redação PT NACIONAL
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