Com concurso unificado, Estado terá “a cara da população brasileira”, diz Esther Dweck

                                                                Wilson Dias/Agência Brasil


Com edital lançado nesta quarta (10), governo moderniza gestão pelo Concurso Público Unificado, que irá oferecer 6.640 vagas em 21 órgãos federais. “É um processo importantíssimo de transformação social”, disse a ministra, em coletiva

“É um processo importantíssimo de reconstrução do Estado brasileiro e de transformação social, que vai aumentar a capilaridade e alcançar locais em que nunca houve provas de um concurso público federal. É realmente uma mudança que reforça todas as nossas iniciativas de democratização, para garantir maior diversidade e para que o Estado tenha a cara da população brasileira”.

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 10, em Brasília, a ministra da Gestão da Informação e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Esther Dweck, definiu assim o novo Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), o chamado ‘Enem dos Concursos’ e apresentou detalhes da sua realização.

Com previsão de 6.640 vagas em 21 órgãos do governo federal, o edital foi lançado nesta quart-feira (10), com provas marcadas para 5 de maio e inscrições de 19 de janeiro a 9 de fevereiro em 220 cidades.

Com a inscrição unificada, os candidatos concorrerão a várias vagas em diferentes órgãos, mas dentro de uma mesma área de atuação.

Provas nos quatro cantos do país

Serão 5.141 locais de aplicação com um total de 77.242 salas, organizadas para que 94,6% da população esteja num raio de até 100km dos locais de prova. A força tarefa do CPNU é estimada em 350 mil pessoas.

A inscrição para cargos de nível médio é R$ 60 e R$ 90 para nível superior. Inscritos no CadÚnico, doadores de medula óssea e quem já foi ou é beneficiário do Prouni e Fies em isenção garantida.

O edital prevê cotas de 5% para pessoa com deficiência e 20% para pessoas negras. Para as vagas da Funai haverá 30% de cotas para indígenas.

A partir desta quinta-feira, segundo a ministra, o MGI vai começar uma série de lives e divulgação de vídeos para que os interessados entendam o edital, os blocos temáticos, conteúdo das provas, critérios de classificação e desclassificação, validade do concurso e composição das notas finais.

“Amanhã teremos live com o grupo técnico operacional executivo do Ministério com participação de outros ministérios para começar a tirar dúvidas mais técnicas operacionais e interpretação do edital”, anunciou.

Esther disse ainda que os concursos estavam ocorrendo só em Brasília, o que limita a capacidade da população brasileira de prestar os concursos devido não só ao custo no concurso em si e também pela dificuldade de deslocamento da maioria até a capital federal.

“É uma grande construção coletiva. Além do MGI, temos a AGU, Ipea, Tribunal de Contas da União, Ministério da Justiça, MEC, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Abin, secretarias estaduais de Segurança, Polícia Civil, Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil, entre outros.

O MGI, segundo a ministra, está negociando com o Banco do Brasil e os Correios para disponibilizar pontos físicos de inscrição para atender quem tem dificuldades para fazer o procedimento online, tornando o processo ainda mais inclusivo.

O canal oficial de atendimento do MGI para dúvidas e denúncias sobre o concurso pode ser acessado aqui.

Da Redação - PT NACIONAL

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