FERROVIA OESTE- LESTE: ATRASO NOS REPASSES PODE COMPROMETER ANDAMENTO DA OBRA
Bahia Econômica
20/03 - 10:14hs -
A Ferrovia Oeste-Leste – Fiol, um dos maiores projetos, ora em execução do Estado, poder ser paralisado, caso não sejam regularizados os repasses do governo federal a estatal Valec, ligada ao Ministério dos Transportes.
Se isso ocorrer será mais um grande projeto – de uma séria de cinco anunciados com alarde pelo governo do Estado – que serão paralisados. Entre esses projetos, todos com investimentos superiores a R$ 1 bilhão, três estão paralisados: o Estaleiro Enseada Naval, que paralisou suas atividades, com 82% das obras físicas prontas; o projeto do Porto e Sul e da ponte Salvador-Itaparica, que sequer saíram do papel esperam a construção de uma improvável engenharia financeira que possa viabilizá-los. Apenas a construção da fábrica da Basf e a Ferrovia Oeste-Leste seguem o cronograma normal, mas este último pode ser paralisado nos próximos dias.
Os problema na Fiol decorrem do fato do Ministério da Fazenda, cuja principal prioridade é o ajuste fiscal, não estáar liberando recursos para a obra e os consórcios de empreiteiras ameaçam desmobilizar os canteiros de obras e demitir os funcionários do projeto.
Conforme foi divulgado na imprensa, a Galvão Engenharia – que está envolvida na Operação Lava Jato e que passa por sérias dificuldades de caixa, demitiu no início dessa semana 700 funcionários que trabalhavam no lote 2 na região de Jequié. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada da Bahia (Sintepav/PA), esse trecho que tinha 1500 trabalhadores está agora com apenas 148.
De acordo com reportagem do jornal Estado de São Paulo, outras construtoras pretendem desmobilizar os canteiros, caso os repasses não sejam feitos. É o caso da Constran, responsável pelo lote 6, que emitiu nota afirmando ter reduzido o ritmo das obras, embora mantenha o mesmo número de funcionários.
A Valec afirma que esse problema será equacionado e que aguarda o Ministério da Fazenda publique o decreto de programação financeira para 2015, onde serão definidos os limites para empenho e cronograma financeiro de desembolso para o corrente ano. Em contato com o Bahia Econômica, a Valec garantiu que a empresa dará uma posição sobre o assunto até o final do dia.
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