EMPREITEIRAS AMEAÇAM PARAR OBRAS DA FIOL




As obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) estão ameaçadas de nova paralisação e demissões em massa por falta de orçamento; o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav-BA) confirma demissão de 700 trabalhadores dos 848 que atuam no Lote 2 da obra, com canteiro localizado no município de Ipiaú; a obra já acumula 1.300 demissões em todo o estado e o número pode chegar a 5.868 trabalhadores dispensados, somando-se todos os lotes que passam por problemas.
Mobilizações do SINTEPAV-BA em Guanambi e Brumado,

Bahia 247 - As obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) estão ameaçadas de nova paralisação e demissões em massa por falta de orçamento. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (Sintepav-BA) confirmou ontem (17) a demissão de 700 trabalhadores dos 848 que atuam no Lote 2 da obra, com canteiro localizado no município de Ipiaú, conforme matéria do jornal Correio*.
A obra já acumula 1.300 demissões em todo o estado e o número pode chegar a 5.868 trabalhadores dispensados, somando-se todos os lotes que passam por problemas.
As demissões na Fiol, segundo o jornal, demonstram o agravamento de uma crise que vem afetando os empregos no setor de obras públicas na Bahia. Entre janeiro e fevereiro deste ano foi a Enseada Indústria Naval, responsável pelas obras do Estaleiro Paraguaçu, em Maragogipe, que demitiu mais de quatro mil trabalhadores e encerrou as atividades do consórcio com 82% das obras de implantação concluídas.
De acordo com o presidente do Sintepav-BA e deputado federal Bebeto Galvão (PSB-BA), a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias, empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes responsável pelas obras, não tem feito os repasses às empresas subcontratadas.
"Estima-se que a Valec tenha deixado de repassar entre R$ 180 e R$ 200 milhões a estas empresas", afirma.

A ferrovia
Com 1.527 quilômetros de extensão, dos quais 1.100 km passam pela Bahia, as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) integram o Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, com investimentos estimados em R$ 6 bilhões. A Fiol vai ligar Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no estado do Tocantins.
A expectativa é que a linha férrea seja interligada ao Porto Sul, em Ilhéus, para o escoamento da produção agrícola do Oeste baiano (soja, farelo de soja e milho), além de fertilizantes, combustíveis e minério de ferro.
Prejuízo
Para o superintendente de estudos especiais da Fieb (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), Marcos Emerson Verhine, o atraso nas obras da Fiol significa prejuízo para vários setores, entre os quais destaca como os mais afetados o escoamento do minério de ferro e da produção agropecuária do Oeste baiano.
"A Fiol é um investimento muito importante para dinamizar o escoamento da produção e deve trazer diversas vantagens como a redução do custo do transporte de insumos e a implantação de novos polos agroindustriais e de exploração de minérios, aproveitando seu trajeto. É um investimento fundamental que melhoraria a logística e tornaria alguns produtos baianos mais competitivos".
Em nota, a Valec Engenharia, Construções e Ferrovias informou que "os pagamentos estão sendo regularizados dentro do limite disponibilizado pelo Tesouro Nacional. Aguarda-se a publicação da Lei Orçamentária Anual e do respectivo decreto de programação financeira/2015, onde serão definidos os limites para empenho e cronograma financeiro de desembolso para o corrente ano".

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