CUBA
Abicalil: preconceito e mercado impedem validação de diploma cubano
São ideológicas e preconceituosas as razões que levaram a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados a votar contra o projeto que facilita a validação do diploma de médicos brasileiros que estudaram medicina em Cuba conforme lhes possibilitava acordo internacional assinado há cinco anos. Por 17 votos a 14, a Comissão acatou o relatório do deputado Welington (Lelo) Coimbra (PMDB-ES), pela rejeição do reconhecimento dos diplomas cubanos. O Brasil tem um total de 277 médicos formados em Cuba e outros 400 bolsistas brasileiros estudam naquele país.
São ideológicas e preconceituosas as razões que levaram a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados a votar contra o projeto que facilita a validação do diploma de médicos brasileiros que estudaram medicina em Cuba conforme lhes possibilitava acordo internacional assinado há cinco anos. Por 17 votos a 14, a Comissão acatou o relatório do deputado Welington (Lelo) Coimbra (PMDB-ES), pela rejeição do reconhecimento dos diplomas cubanos. O Brasil tem um total de 277 médicos formados em Cuba e outros 400 bolsistas brasileiros estudam naquele país.
Em entrevista ao blog de José Dirceu, o deputado petista Carlos Abicalil (MT) apontou as duas razões para a rejeição e reforçou: "O voto do relator é eivado de conteúdo ideológico, anticubano, contra os movimentos sociais e quase que criminaliza o fato de que alguns dos bolsistas receberam o aval de indicações partidárias, como se isso fosse um crime".
Abicalil detalhou que, pelo acordo, Cuba oferece bolsas de estudos gratuitas aos estudantes brasileiros vinculados à movimentos sociais que vêm de famílias de baixa renda e comunidades distantes, ou por indicação político-partidária. Em troca, os universitários assumem o compromisso de, quando formados, retornarem às suas comunidades de origem ou atuarem em localidades remotas sem presença de assistência médica.
O objetivo do projeto - já aprovado nas comissões de Relações Exteriores e de Constituição e Justiça (CCJ) - era facilitar a validação do diploma quando os médicos, formados, voltam ao Brasil. Hoje o processo é muito difícil e burocrático. Fora isso, como a validação só pode ser feita em universidades públicas, as instituições concedem menos de três vagas anualmente para esses casos e só com documentos, as despesas podem chegar a R$ 6 mil.
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