PROJETO PREVÊ FIM DE CONCESSÃO DE RÁDIO E TV A PARLAMENTARES

Em entrevista à Rádio Nacional, a presidente da Subcomissão de Radiodifusão da Câmara dos Deputados, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), disse nesta segunda-feira (27) que está trabalhando para que o artigo 54 da Constituição Federal — que proíbe pessoas com cargos públicos de explorar concessões de outorgas de rádio e televisão — seja de fato cumprido e acabe com o domínio de políticos na radiodifusão.

A subcomissão tentará finalizar neste segundo semestre o processo de regulamentação de concessão de licenças de rádio e TV. Para Erundina, o trabalho iniciado neste ano já apresenta melhoras. A parlamentar citou como exemplo a atualização, em maio deste ano, do Ato Normativo nº 1, de 1999. A medida estabelece critérios, normas e procedimentos para outorga e renovação de concessões de rádio e TV.

Segundo a presidente da subcomissão, será um trabalho difícil alterar o artigo 54 da Constituição — afinal, as alterações mexem com os interesses dos próprios parlamentares. Apesar da dificuldade, Erundina afirmou que está na hora de corrigir esse artigo. Seu texto atual suscita interpretações controversas e acaba gerando anomalias, como a concessões do serviço de radiodifusão para quem está no poder.

A deputada se declarou preocupada com o fato de que, a partir da incorporação de novas tecnologias — como o padrão digital —, o sistema de radiodifusão do país fique ainda mais concentrado na mão de políticos. Erundina disse que é preciso se antecipar e impedir que a formação do monopólio, como tem acontecido no sistema analógico.

Da Redação, com informações do site meio&mensagem

Fonte: POrtal Vermelho - PCdoB

Comentários

Anônimo disse…
A meu ver, não só estas questões de monopólio, de influencia política avesso a imparcialidade de informações, mas além disso, instituições pseudo-religiosas que se utilizam de brechas de artigos da Constituição que dispõe sobre a isenção fiscal destas, para arrecadar e lucrar, indo contra todos os preceitos legais, já que estas mesmas instituições religiosas também no submundo religioso e político tem bancada de parlamentares que recebem não só projeção , mas também recursos financeiros nas campanhas, já que são fabricados e moldados ao modo social para concorrer a eleições posteriores, um verdadeiro trabalho de marketing, vide um senador por Rio de Janeiro (bispo) desta mesma instituição religiosa, que além de ter recebido um enorme investimento no seu marketing pessoal, como o mentor de uma Fazenda Modelo, na região de Irecê, este mesmo, era Bispo, depois virou senador por um outro estado e ate tentou o cargo de Governador. Estão indo contra a relação de laicidade do estado democrático, já que o mesmo deve ser separado da religião. Exponho este exemplo que quem for entendido do assunto, vai entender bem, pois bem, este é o maior exemplo de desvario das concessões das licenças de funcionamento dos canais de Tv no Brasil, ora nas mãos de caciques, grupos políticos, ora nas mãos de grandes instituições religiosas, todos estes grupos em sua maioria não tem compromisso com a informação imparcial, qualidade de informação, mas muita das vezes no que mais convier ao grupo político em que representa, por causa disso atualmente o Brasil enfrenta tantas bizarrices, não só na qualidade de programação, mas também na forma ética, laica, imparcial destes canais, que de forma matreira tentam um golpe silencioso, e de forma subliminar, contra o estado democrático, se escondendo na bandeira de liberdade de imprensa, uma mania de perseguição herdada da ditadura militar. Na verdade, estes órgãos, confunde como eu sempre digo, liberdade de imprensa, com a responsabilidade de imprensa, não querendo elas se encaixar nos parâmetros legais democráticos e também se achando a parte, ou se fazendo como instituições inatingíveis, sem compromisso com o respeito a moral alheia, ao direito de defesa e também a privacidade.

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