Urandi marca presença na COP 30 e integra debates globais sobre justiça climática e agricultura familiar
Por iGuanambi
Belém (PA) — A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) movimentou a capital paraense, reunindo representantes de diversos países entre os dias 10 e 21 de novembro, em um dos eventos ambientais mais importantes do planeta. Pela primeira vez sediada no Brasil, a conferência acontece na Amazônia e coloca o país no centro das discussões sobre clima, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Representando o Território Sertão Produtivo, Urandi esteve presente com participação ativa nas agendas da Cúpula dos Povos, espaço que reúne movimentos sociais, organizações, povos tradicionais e lideranças de mais de 60 países. O município foi representado por Juliana Aranha, secretária municipal de Agricultura e Desenvolvimento Econômico e presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Urandi (STTR). Ela integrou a delegação da Agricultura Familiar a convite da CONTAG e da FETAG-BA.
Agricultura familiar no centro do debate climático
Em um contexto mundial marcado por desigualdades socioambientais, eventos extremos e pressão crescente sobre os biomas, a agricultura familiar assume papel estratégico. Segundo Juliana, “não existe justiça climática nem soberania alimentar sem fortalecer quem produz alimentos e preserva os biomas todos os dias.”
Durante a programação, ela participou de rodas de diálogo sobre agroecologia, políticas públicas, segurança hídrica e adaptação climática no campo. Juliana destacou que as mudanças climáticas já impactam diretamente a produção de alimentos e que o setor precisa ser reconhecido como parte essencial para a solução da crise: “Precisamos de investimentos e políticas consistentes para garantir a transição dos sistemas alimentares, promover a agroecologia e proteger nossos territórios.”
Marcha Global pelo Clima reúne mais de 20 mil pessoas
A representante de Urandi também participou da Marcha Global pelo Clima, que tomou as ruas de Belém reunindo mais de 20 mil pessoas da Cúpula dos Povos. O ato cobrou compromisso dos governos e reafirmou que a participação popular é indispensável para que a justiça climática seja concretizada.
Um espaço de vozes diversas
A Cúpula dos Povos se consolidou como o principal ambiente de participação social da COP 30, reunindo povos quilombolas, ribeirinhos, indígenas, organizações internacionais, pesquisadores e ativistas. Lá, foram defendidas soluções que partem de quem enfrenta, no dia a dia, os efeitos das injustiças socioambientais.
Juliana esteve acompanhada de José Luiz Cardoso, secretário de Finanças do Sindicato de Palmas de Monte Alto, que também representou o território Sertão Produtivo.
Representatividade regional
A participação da agricultura familiar do Sertão Produtivo na COP 30 reforça a importância da região na pauta climática e ambiental do Brasil. O município de Urandi celebrou o protagonismo de Juliana, que representou tanto a Bahia quanto o território, fortalecendo a voz dos agricultores familiares no debate climático global.
Fonte: ASCOM

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