ALBA: Fabíola exalta trajetória artística de Carlos Pitta
Deputada e o artista, em sua última participação na ALBA, prestigiando sessão especial sobre os 100 anos de Batatinha
Foto: AscomALBA/AgênciaALBA
“Um luminoso cometa brilha nos céus dos corações de todos os baianos e baianas que puderam desfrutar da música do artista e instrumentista Carlos Pitta. Sua permanência nos palcos da boa música e nas vozes dos seus companheiros músicos será eterna. Sua obra jamais deixará de existir, constituindo-se num acervo indelével da cultura baiana e brasileira”. Foi com esta mensagem, protocolada na moção de pesar encaminhada à Assembleia Legislativa, que a deputada Fabíola Mansur (PSB) lamentou “a partida de um compositor que ainda tinha muito a contribuir com sua cultura singular”.
A parlamentar lembrou que o músico feirense presenteou os baianos com uma carreira artística e cultural de mais de 40 anos, como cantor, compositor e produtor musical. Ela registrou que, nos anos 70, Pitta foi aluno do curso de composição e regência da Universidade Federal da Bahia e que navegou, ao mesmo tempo, pela música erudita e regional, fazendo sucesso no carnaval e tendo extrema afinidade com os ritmos do xote e do baião. Também anotou que o artista expressou o espírito baiano em composições como “Vou trocar meu colar por um beijo”, além de percorrer as últimas décadas da cultura do nosso estado “com um protagonismo único”.
Destacou ainda que o artista foi um amigo solidário, um estimulador de talentos, dos pequenos e dos grandes, como a cantora Ivete Sangalo. A socialista ressaltou que, em parceria com Edmundo Carôso, sua composição mais marcante no cenário do carnaval de todo o país, há mais de três décadas, foi a música “Cometa Mambembe”, que se tornou um hino dos salões e das ruas do Brasil. A procuradora especial da Mulher da ALBA recordou também que, na década de 90, Pitta foi o autor do jingle das Três Marias (Lídice, Salete e Bete), que marcou uma vitória expressiva de mulheres para a Prefeitura de Salvador.
No documento, a socialista salientou que, em sua última aparição em público, numa sessão especial realizada em 2024, na ALBA, para homenagear os 100 anos de Batatinha, Carlos Pitta emocionou o público presente, com sua voz suave e cativante. “Parecia uma despedida, mas sua alegria transformou uma solenidade numa roda de samba maravilhosa. Vai com Deus, amigo! Aqui ficamos todos mais tristes, mas sempre com a fé do azul que tá no frevo e que agora brilha no céu”, manifestou Fabíola Mansur.
Para a deputada, a Casa Legislativa “tem o dever e a honra de homenagear esse ilustre filho da Bahia, que levou seu talento e sua arte por muitos países, deixando versos lindos, que mostram como o seu coração é maior que todas as ilhas. Salve Carlos Pitta, o cometa que nos iluminará para sempre”, concluiu a deputada Fabíola Mansur, solicitando que Casa dê ciência da homenagem aos familiares enlutados, à Secretaria de Cultura de Salvador e do Estado da Bahia, ao Sindicato dos Músicos da Bahia, ao governador Jerônimo Rodrigues e ao prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo.
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