CAMINHOS DA CAATINGA: Patrimônios Históricos, Ambientais e Culturais da Bahia e do Brasil

 

As chuvas em 2024, nos territórios Sertão Produtivo e Velho Chico, revelam as belezas e as riquezas de uma região sertaneja no interior do Nordeste. A Bahia tem mais uma CHAPADA DIAMANTINA e não sabe.

Depois de uma seca que durou meses, a força e a energia da natureza fez brotar do chão rachado da caatinga a “vingança” contra as ações destruidoras dos capitalistas gananciosos que desmataram nossas matas e florestas e destruíram nossas nascentes e rios. A força das águas voltam para ocupar as áreas naturais e os espaços que foram destruídos pelas mãos do homens.

O objetivo do presente artigo é iniciar uma série de reportagem e resgatar os arquivos de diversas expedições no período colonial que percorreram o sertão, realizando estudos e pesquisas sobre nossas riquezas naturais, ambientais, culturais e históricas. Afinal não existe compreensão do presente sem buscar explicações do passado.

Nos últimos 30 anos, depois que sai de Guanambi, fui morar em Salvador, Vitória da Conquista e percorrer as diversas regiões da Bahia e do Brasil, retornei para trilhar pelos caminhos das belezas históricas, naturais e ambientais do sertão, visitando cidades, serras, cachoeiras, rios, riachos, barragens, casarões, museus, sítios arqueológicos, entre outros atrativos econômicos, sociais e culturais, para instigar a compreensão da importância de nosso lugar, bem como desfrutar o sentimento de pertencimento.

As expedições, estudos e pesquisas relatadas por importantes livros, jornais e reportagens serão resgatados pelo Blog do Latinha:

·        Theodoro Sampaio e a Chapada Diamantina - Expedição de 1879/1880;

·         Expedição de Spix e Martius -  Viagem pelo Brasil 1817-1820;

·         Expedição Kruse em 1940; matéria de uma Revista Espanhola “europeus” de Monte Alto com textos y fotos: Pablo Villarrubia Mauso “Una cultura desconocida” – civilizacion desaparecid;

·         The Meteoritical Society – Palmas de Monte Alto (Lunar And Planetary Institute); Revista Mundo Estranho – Galileu.globo.com;

·         Expedição Dr. Octavio Murgel de Rezende “Através o Interior da Bahia – Uma Travessia de 340 leguas”;

·         Revista Brasileira de Geografia – Expedição ao Sudoeste da Bahia/Outubro-Dezembro de 1946 – Relatório – 1945 do Engenheiro Gilvandro Simas Pereira;

·         História Astronomia no Brasil (2013) – Estudo de Arqueoastronomia de autoria de Germano Bruno Afonso (Museu da Amazônia, FAMEAM/CNPq) e Carlos Amélio Nadal (Departamento de Geomética/UFPR);

·         Salitre: Produto Químico Estratégico no Passado do Brasil – UFMG/Monte Alto;

·         Livro Aqueles Sertões de Vilobaldo Neves Freitas;

·         Livro História da Formação e Vida de Palmas de Monte Alto de Waldemar Teixeira de Moura;

·         Caetité – Pequenina e Ilustre de Helena Lima Santos;

·         C.V.S.F - Comissão do Vale do São Francisco (Atual CODEVASF) Desenvolvimento Econômico do São Francisco – Um Planejamento Regional em Marcha pelo Engenheiro Salomão Serebrenick – RJ 1961;

·         Livros do Museu Nacional do Rio de Janeiro “O Povo em Coleção 1920-1950” de Carla Costa Dias e “Museu Nacional 200 Anos” Organizador Luiz Fernando Dias Duarte;

·         Livros dos Historiadores Dário Cotrim, José Bonifácio Teixeira e Maria Soares da Silva Teixeira, entre outros autores da região;

·         Livro “Tropeiros Na trilha do amor” do jornalista Ari Donato;

·         Pesquisas do Arqueólogo e Professor da UFBA Carlos Etchevarme “Circuitos Arqueológicos da Chapada Diamantina”;

·         Pesquisas da Arqueóloga Maria Beltrão;

·         Pesquisas do Arqueólogo Willian Pereira Leal da Fundação Aroeira da Universidade Federal do Piauí;

·         Pesquisas e Artigo da Arqueóloga Juliana Freitas – USP “O lugar certo é aqui: Paisagem e Território no Alto Sertão Baiano, comunidade Cristina”;

·         Programas Dendê na Mochila e Boa Sorte Viajante do guanambiense Matheus Boa Sorte;

·         Pesquisas do guanambiense Dr. Fernando Vasconcelos;

·         Acervo da Fundação Joaquim Dias Guimarães;

·         Acervo do grande amigo e parceiro ambientalista Reginaldo Azevedo “Regis” de Palmas de Monte Alto.





                               Hermann Kruse faleceu em 1947, em Monte Alto.








Os registros a partir dos estudos desenvolvidos e pesquisas sobre a pré-história na região através das importantes ações das universidades e museus da região, como também as exposições de artigos e fotos no  blog do Latinha, podemos destacar o (MASB – Museu do Alto sertão da Bahia/UNEB Campus Caetité - Curso de Extensão de Arqueologia; UNEB Campus Guanambi, IFBaiano Campus Guanambi, Polo da UFBA em Guanambi – Curso de Pós-Graduação em Gestão Social e Políticas Públicas do Patrimônio Cultural, UniFG Observatório do Semiárido Nordestino, USP, UESB, UFMG, entre outras instituições). Ações que servirão de fontes de apoio aos futuros estudos de academias locais e regionais.

Também merecem destaques os artigos publicados pela Revista Integração do Vale do Jornalista João Martins  “O Mundo Fantástico da Toca do Índio” e “A Arqueóloga Maria Beltrão Faz Nova Descobertas na Serra Geral”; livros do Professor da UESB - Universidade Estadual do Sudoeste Bahia Joaquim Perfeito da Silva "Territórios e Ambientes da Serra de Monte Alto" e “Aldeias pré-coloniais da tradição Aratu da Serra de Monte Alto: região sudoeste da Bahia”,  o artigo publicado na Revista da Associação Brasileira de Arte Rupestre “As pinturas rupestres da Serra de Monte Alto” - Joaquim Perfeito da Silva.

Dando continuidade o enriquecimento deste artigo podemos citar, O livro do historiador Dário Teixeira Cotrim “A Arte Rupestre na Pré-História do Médio São Francisco”; pesquisas e estudos realizados pela Codevasf (PACUERA) nas barragens do Poço do Magro e Ceraíma; recente publicação do artigo "Pinturas Rupestres no Semiárido Baiano Mapeamento Preliminar e Estado de Conservação" de autoria Carlos Magno Santos Clemente, Leonardo Ramos dos Santos e José Carlos Lélis Costa pela Universidade de Coimbra – Faculdade de Letras, Cadernos de Geografia Nº 44 – 2021; e os estudos e pesquisas realizados pela ONG PRISMA- Proteção e Revitalização Integrada da Serra de Monte Alto representam um grande estímulo e suporte para a pesquisa do rico patrimônio arqueológico de Guanambi e região.













A profecia o “Sertão Vai Virar Mar”, dos famosos versos da música Sobradinho composta por Sá e Guarabyra em 1977, está se concretizando com as recentes chuvas no sertão e na caatinga baiana. Assim estimulando a continuidade das pesquisas e destacar as já realizadas atraindo estudiosos do Brasil e de outros países, representando um importante acervo e atrativo para o projeto futuro de transformar o sertão na 14ª Região de Turismo da Bahia.




O Blog do Latinha tem a finalidade de manter os curiosos e estudiosos com suportes eruditos e informações sobre os mais diversos temas que permeiam a convivência em sociedade. Assim sendo, o atual artigo representa o processo de busca de mais uma fonte de influência econômica, social e de instigar a população local e regional, bem como conscientizar sobre a importância da valorização e despertar o sentimento de pertencimento sobre as nossas riquezas históricas, naturais, ambientais e culturais, visando o desenvolvimento sustentável e a criação de emprego e renda dos territórios Sertão Produtivo e do Velho Chico. Quem Viver Verá!



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