Restauração do Casarão dos Barros, urgente!







O Casarão dos Barros é um patrimônio histórico, adquirido pelo poder público municipal, hoje infelizmente se encontra em estado lastimável devido as suas precárias estruturas físicas.

O mandato do vereador José Carlos Latinha luta pela restauração do Casarão, através de um projeto elaborada na gestão do ex-prefeito Nilo Coelho. Recentemente foi realizada uma audiência com a empresa Renova Energia, visando garantir recursos para a restauração. 

Ontem (29), o Vereador José Carlos Latinha, o assessor parlamentar Haroldo Barros, e a Pastora Irani Bonfim visitaram o casarão e fazem um apelo para o poder público e a comunidade de Mutans no sentido de mobilizar recursos urgentes para a obra, através de emenda parlamentar ou outras iniciativas. 

SOS CASARÃO DOS BARROS!


O Vereador Latinha faz um apelo aos jovens de Mutans para realizarem  uma mobilização visando chamar a atenção das autoridades para a restauração urgente desse importante patrimônio histórico do distrito.
"Vamos abraçar essa luta em defesa da memória de Mutans".



História de Mutans

Artigo: Altair Barros, Dauréia Barros e Haroldo Barros

A Lagoa da Espera, que em 1929 passou a ser chamada de Itaguaçu, foi em 1º de janeiro de 1945 renomeada para o topônimo de Mutans, através de Lei Federal,  em razão de haver no estado do Espírito Santo um município com o mesmo nome. Mutans, em tupi, significa jirau feito no alto da árvore, para espera da caça, utilizado pelos índios. “Lagoa da espera” era justamente o local onde os caçadores da região ficavam, escondidos no alto das árvores, à espreita dos animais.

O arraial da Lagoa da Espera, tem sua origem em uma fazenda de propriedade da família Rodrigues Lima de Caetité e, seu nome Lagoa da Espera, veio de seus primeiros habitantes constituídos de índios semi-civilizados que ali se instalaram a espera da caça e da pesca às margens da lagoa existente. Era também ponto de encontro de tropeiros que transportavam mercadorias naquela região.

Em 1911, o Sr. João Barros Lima e Silva, descendente dos proprietários da fazenda, nela chegou, trazendo consigo sua esposa Herculina Gomes de Brito Barros, natural de Ituaçu, e três dos seus onze filhos.
Com sua chegada, o pequenino povoado tomou novo impulso não só comercial como religioso.
Os encontros religiosos e as missas, eram feitos embaixo de um frondoso juazeiro, à porta da casa do Sr. João Barros, o qual liderou o desbravamento de uma parte da região, onde hoje, é o centro de Mutans bem como a construção de uma pequena capela de estilo colonial. Hoje, essa capela foi demolida e construída outra capela no local.

Em 1929, também ali chegou o Sr. Osvaldino José de Souza, natural de Brejinhos das Ametistas, distrito de Caetité, casando-se com a Sra. Maura Gomes de Barros, filha do referido João de Barros. Mais tarde, foi instalada a Agência dos Correios e Telégrafos, trazida por um político influente da região, o Sr. Joaquim Prates Rodrigues, tendo como agente postal, uma das suas cunhadas a Sra. Maura Gomes de Barros, que durante trinta anos foi funcionária dessa agência, sendo mais tarde transferida para a agência de Guanambi.

SOLAR DOS BARROS, assim chamado, foi construído no alvorecer dos anos sessenta, por seu primeiro proprietário o Sr. Osvaldino José de Souza que ali residiu com sua família composta de nove filhos, por muitos anos.

Mais tarde, foi vendida para o Sr.Sinfrônio da Silva Mendes e sucessivamente para outros donos, até chegar as mãos da Prefeitura Municipal de Guanambi, na gestão da Sra. Prefeita, Sizaltina Donato.

Hoje, esta construção está se desmoronando, necessitando de um urgente tombamento por parte dos órgãos responsáveis, para que não se perca no tempo, tão bela obra arquitetônica.

A Casa Solar dos Barros fica localizada no Distrito de Mutãs, em Guanambi, e foi contruída na década de 60, às margens da bela Lagoa da Espera, complementada pela beleza das passagens da Serra de Mutãs.
Uma comissão formada por Haroldo Barros, Adalgísio Lélis, Michel Macêdo (Arquiteto&Urbanismo) e do Diretor de Comunicação da Fundação Joaquim Dias Guimarães , José Carlos Lélis (Latinha), visitaram e fotografaram o prédio do casarão de grande beleza arquitetônica, que no momento se encontra em ruínas.

O objetivo da visita é iniciar uma campanha pela restauração do casarão, através da elaboração de um projeto, que será posteriomente entregue à Câmara Municipal; ao Prefeito Municipal de Guanambi, Nilo Coelho; ao Deputado Estadual Javier Alfaya (PCdoB); e ao Diretor Geral do IPAC – Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia, Frederico Augusto Rodrigues da Costa de Mendonça.


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