Ministro anuncia reestruturação produtiva no Semiárido nordestino


Portal Vermelho


O governo estuda a execução de uma política para reestruturação produtiva no Semiárido nordestino, visando a "melhorar a convivência da região com o período de seca", anunciou nesta terça-feira (9) o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Entre outras iniciativas de apoio à região estão previstos o fornecimento de sementes e a oferta de linha de crédito subsidiada para recuperação do rebanho.


Segundo ele, o programa deverá ser implantado "assim que as chuvas chegarem ao Semiárido". Para a formatação da política, o ministro informou que estão sendo ouvidos os governadores do Nordeste, os secretários estaduais de Agricultura, entidades ligadas aos produtores, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), os movimentos dos pequenos agricultores, trabalhadores sem terra, universidades e centros de pesquisa.

Pepe Vargas deu as informações em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro. Segundo ele, em alguns dias, ocorrerá uma reunião na Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE), para discutir com os agricultores a política de reestruturação produtiva.

Segundo o ministro, "enquanto a chuva não chega", prossegue a execução de políticas emergenciais para minorar os problemas provocados pela seca. Estão sendo feitas perfurações de poços, obras em barragens adutoras e a transposição de bacias hidrográficas, área em que o governo está investindo R$ 30 bilhões. De acordo com Vargas, só nas obras de transposição do Rio São Francisco, foram gerados mais de 4 mil empregos.

O ministro disse que o período de seca no Nordeste apresenta ciclo de 11 anos para dois anos de chuvas. Segundo ele, a expectativa é que 2014 já seja "um ano bom para os agricultores". As medidas emergenciais em andamento para garantia da safra – como a concessão de Bolsa Estiagem, operações com carro-pipa e oferta de linhas de crédito emergenciais para a agricultura, o comércio e a indústria na região – resultam atualmente de investimentos de R$ 2,75 bilhões, incluindo a renegociação de dívidas e prorrogação de parcelas.


Fonte: Agência Brasil


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