REAÇÃO


Retomar a iniciativa política

A oposição neoliberal, juntamente com a mídia conservadora, tentam, novamente, definir a pauta política, aumentando sua pressão contra o governo com um festival de denúncias semelhante ao de 2005. É preciso mudar a agenda conservadora e revanchista, enfatiza Renato Rabelo. É preciso retomar a iniciativa política, diz ele, neste cenário em que, de um lado, a direita e sua mídia vociferam contra o governo, enquanto Lula e seu governo tem índices de aprovação muito altos, superiores aos de 2003. Dados do levantamento feito pela CNT/Sensus mostram que o governo é aprovado por 52,7% dos consultados (mais do que em outubro de 2007, quando a aprovação era de 46,5%); a avaliação pessoal do presidente também cresceu, passando de 61,2% para 66,8% no mesmo período.

Mas, mesmo assim, a direita continua no mesmo esforço para acuar o governo. As denúncias em relação aos cartões corporativos atingem, pela primeira vez, o ministério do Esporte, cujo titular - Orlando Silva - tem todo apoio do Partido Comunista do Brasil, para quem é preciso dar resposta imediata às acusações infundadas contra o ministro, e também tirar lições do episódio.

A mídia conservadora também não repercutiu o balanço de um ano do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC); aliás, a grande imprensa procura desmoralizar o plano, desconhecendo os avanços alcançados. Aliás, a mídia desempenha este papel mesmo em relação a propostas anunciadas mas ainda não apresentadas, como a reforma tributária, cujo anúncio será feito no próximo mês, mas que já é enxovalhada pela mídia. Eles vão, com estas tergiversações, tentando construir uma agenda, que procuram impor ao país, sem levar em conta as mudanças significativas, embora ainda limitadas, que já ocorrem. O cenário previsto para 2008 é de crescimento da economia, sem maior impacto da crise internacional; a estimativa de criação de novos empregos formais é de 1,8 milhões, mais do que em 2007; há previsão de crescimento industrial (principalmente no setor de bens de capital), de ampliação do crédito, do consumo de bens duráveis (como automóveis), atração de investimentos estrangeiros, etc. A taxa de investimento poderá chegar a 19% do PIB, e o nível de reservas internacionais do país superou a marca de 188 bilhões de dólares, levando o Brasil, pela primeira vez desde o final da Segunda Guerra Mundial, à condição de credor internacional, e não devedor, como normalmente tem sido.

Renato Rabelo - Presidente do PCdoB

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