MARCHA DOS PROFESSORES EXIGE PISO SALARIAL ACIMA DE R$ 1.000

25 DE ABRIL DE 2007 - 15h44

As cores das camisetas dividiam as entidades sindicais, mas as palavras de ordem uniam todos os 15 mil manifestantes que percorreram a Esplanada dos Ministérios, nesta quarta-feira (25) para exigir piso nacional dos professores superior ao proposto pelo governo no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). ''Não, não, não, 800 quero não'', gritavam, agitando as faixas de R$1.050 e de R$ 1.575 reivindicado para os professores de nível médio e superior, respectivamente.

Em mais de 20 estados ocorreram protestos Os líderes sindicais, que usaram o microfone na manifestação, destacaram a presença dos trabalhadores em educação que vieram de todo o País e os atos que estavam sendo realizados, simultaneamente, em seus estados de origem.

Pontuados por palavras de ordem e frases de efeito – ''Piso não é esmola, queremos um piso decente'' -, os oradores exigiram do Congresso a aprovação da proposta de Piso formulada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) - R$ 1.050,00 para profissionais de nível médio e R$ 1.575,00 para os de nível superior, considerando-se, em ambos os casos, jornada de 30 horas.

Segundo os líderes sindicais, a proposta de criação de um piso salarial nacional é uma antiga reivindicação da categoria que, agora, com a aprovação do Fundeb (Fundo da Educação Básica), entra na pauta das discussões com a prioridade e a urgência que o País precisa.

''Vamos construir resistência para que a educação seja prioridade'', dizem os manifestantes, destacando que ''um piso de R$850 – que já é realidade e até inferior em alguns estados – não expressa o esforço dos profissionais que fazem a educação nesse país'', afirmam.

Consonância com o governo

Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), que participou da manifestação, a marcha é ''oportuna, por que acontece no momento em que a matéria está em discussão'', acrescentando que ''a tradição democrática manda que se escute as manifestações da sociedade civil organizada''.

Segundo ainda o deputado, a manifestação dos professores está em consonância com a política do governo, de valorização da educação, destacando que a reivindicação do piso salarial diferenciado é justa por que atende a realidade do País e a redução da carga horária para 30 horas – o governo propõe 40 horas – está de acordo com a idéia de que a atividade do professor não se restringe a sala de aula. ''As atividades de planejamento são tão importantes quando as atividade de aula'', lembra o parlamentar.

Portal Vermelho - PCdoB

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