Câmara de Vereadores de Guanambi unida contra a construção da barragem de rejeitos da Bamin em Ceraíma
A Câmara de Vereadores de Guanambi, abriu o período legislativo de 2019,
com movimentada sessão ordinária realizada nesta segunda, 18, sob a presidência
do Vereador Zaqueu Rodrigues.
A Tribuna Livre foi ocupada pela representante do MAM – Movimento pela Soberania
Popular na Mineração, Flaviana Santana, e pelo presidente da Associação de
Moradores do Núcleo de Ceraíma e dirigente da FETAG, Cosme Nascimento, que
discorreram sobre questões relacionadas à barragem de rejeitos da Bamin em
Ceraíma.
O pronunciamento de
Flaviana Santana foi uma reflexão sobre os crimes ambientais de Mariana e
Brumadinho, destacando que a lógica do lucro não deve prevalecer sob o direito
à vida. A ganância capitalista de uma
mineradora não pode prevalecer sobre o desenvolvimento sustentável do sertão.
O representante de Ceraíma, Cosme Nascimento, fez um discurso firme
contra a construção da barragem de rejeitos no distrito de Ceraíma, destacando
a importância da mobilização popular contra a proposta da Bamin, relembrando a
história da construção e do acidente de rompimento da barragem de Ceraíma em
1960, que atingiu a cidade de Guanambi.
Os vereadores Vandilson Medeiros, Eponina Gomes, Nal Azevedo, Vanderlei
de Ceraíma, Tião Nunes, Dr. Agostinho Lira, Homero Castro, Maria Sílvia,
Edilene Oliveira, Carlos Jacson Loló, Zaqueu Rodrigues, Fabrício Lopes e Rafael Macedo usaram da palavra para apoiarem os
pronunciamentos de Flaviana Santana e Cosme Nascimento contra a construção da
barragem de rejeitos da Bamin em Ceraíma, destacando também a necessidade da
mobilização popular e da realização de uma audiência pública para ouvir a população
de Guanambi.
O Prefeito Municipal, Jairo Magalhães, também ocupou a Tribuna Livre
para fazer um balanço da gestão municipal e pode ouvir atentamente os pronunciamentos
das lideranças contra a CONSTRUÇÃO DA BARRAGEM DE REJEITOS DA BAMIN EM
GUANAMBI.
Recentemente, o Prefeito Jairo Magalhães fez uma declaração pública
sobre o tema: “Embora a
construção da barragem não esteja no território de Guanambi, nós seremos a
cidade mais prejudicada em um possível colapso na estrutura da barragem da
Bamin, a nossa cidade está no curso natural dos rejeitos, colocando em risco
iminente milhares de vidas, em um possível sinistro, varreria a barragem de
Ceraíma, que tem mais de 50 milhões de metros cúbicos, o que potencializa ainda
mais a gravidade, além de todo o seu vale e Núcleo de Ceraíma e ainda dezenas
de bairros da parte baixa da cidade, sem dizer que estamos a pouco mais de 100
quilômetros do Rio São Francisco”, enfatizou o gestor. Conteúdo
extraído de agenciasertao.com.
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