CERB EXECUTA PROGRAMA DE REVITALIZAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO


A Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (Cerb), em parceria com outros órgãos estaduais e federais, executa um programa de revitalização do Rio São Francisco. Do projeto faz parte a recuperação ambiental, com manejo integrado de sub-bacias dos rios Carinhanha, Corrente e Grande. Todo o trabalho desenvolvido é para proteger as nascentes e recuperar as matas ciliares mediante a recomposição da vegetação, quando for o caso, por meio de plantio de mudas de espécies nativas, em paralelo à implantação de práticas de conservação de solo e da água.
Segundo o presidente da Cerb, Bento Ribeiro Filho, várias ações estão sendo desenvolvidas como o controle de processos erosivos, por meio de práticas mecânicas de conservação do solo e da água. De acordo com o coordenador técnico, Hudson Santos Pimenta, o projeto prevê a implantação de 342 quilômetros de cerca, 736 hectares de recomposição da vegetação da mata ciliar e 17 hectares de estabilização de voçoroca, que é uma erosão hídrica com formação de grandes buracos, desmoronamento causado pela participação ativa da água subterrânea.
O fenômeno acontece principalmente em solos onde a vegetação é escassa e não mais protege o solo, ficando suscetível também ao carreamento pelas enxurradas. Além disso, serão implantados 350 quilômetros de terraços, 1.105 barraginhas e 617 murundus (pequenas elevações do terreno), que diminuem a velocidade do fluxo de água.
As bacias de captação de enxurradas, conhecidas como barraginhas, estão sendo implantadas ao longo de estradas vicinais ou em áreas críticas e estratégicas, com o propósito de captar o excesso de água e reter os sedimentos contidos nas enxurradas. Isso para aumentar a infiltração da água no terreno, abastecendo o lençol freático, e evitar ou diminuir a erosão do solo.
Prática mecânica
Também serão construídos terraços, que é uma prática mecânica com abertura de estruturas na forma de sulcos, permitindo a captação do excesso de água de chuva e a retenção dos sedimentos carreados, aumentando a infiltração e diminuindo o escoamento superficial. Para Pimenta, isso favorecerá o abastecimento do lençol freático e dificultará a erosão do solo em áreas cultivadas. No caso da implantação dos terraços, é feita por meio de motoniveladora ou trator terraceador.
O Programa de Revitalização do Rio São Francisco é um convênio entre a Companhia de Desenvolvimentos dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá), a Universidade Federal da Bahia e a Cerb. Para Pimenta, o controle de processos erosivos tem como objetivo diminuir a degradação parcial ou total dos córregos, rios e lagos, evitando ou minimizando o assoreamento causado pela deposição da terra arrastada pelas enxurradas e melhorando a qualidade da água nos seus aspectos de turbidez e potabilidade.

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