Foto restaurada do Lajedo Novo de Guanambi encanta pela nostalgia; local passa por sua mais profunda requalificação.
Uma enorme fenda de lajedo de basalto, na parte inferior de grandes declives geográficos, foi durante muito tempo a única fonte de água para a subsistência de centenas de famílias da região. O Lajedo Novo tem enorme importância geográfica, histórica e cultural e, após décadas de clamor popular, está passando por total reconstrução pela gestão do prefeito Nal Azevedo, em parceria com o mandato do vereador Paulo Costa e do deputado federal Daniel Almeida, com obras avançadas que preservam suas características históricas.
Eram três grandes ladeiras que abasteciam o grande lajedo: na descida de duas extensas ladeiras do Monte Pascoal e Lajedão, como também na outra extremidade, o declive que vinha dos fundos da área do antigo Centro Social Urbano (CSU), hoje Policlínica Regional. E claro, o enorme paredão de lajedo maciço, formando uma enorme bacia natural.
Décadas atrás, era uma verdadeira romaria sem santos, mas de sofredores humanos, todo fim de tarde, com enorme procissão de senhoras rainhas de seus lares sofridos, coroadas com rodilhas de pano e sobre elas, pesadas latas d’água de tintas ou de querosene reaproveitadas. Cantavam versos da cultura popular para espantar o sofrimento, seguidas pela molecada arteira e chorosa pelas trilhas estreitas e espinhosas.
Atualmente em obras, o espaço contará com praça ampla, dotada de quiosque, extensa pista de caminhada, parque infantil e potente estrutura de iluminação de LED, tanto na praça como em toda estrutura do grande lajedo.
O projeto respeitou características originais da época, como o grande portal com murada, além do reservatório de água.
Texto: João Roberto
Crédito fotos:
- Foto original do Caldeirão: Livro Respingos Históricos (Teixeirinha) restaurada por IA
- Foto do Lajedo do ano de 1972 (Dário Cotrim) restaurada por IA
- Foto atual das obras: José Carlos (Latinha)





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