Cuba vencerá!

 



Em 1° de Janeiro inicia o processo de Unificação monetária e cambial de Cuba. Esta tão desejada mudança seguramente será um marco na economia cubana. O presidente Miguel Díaz-Canel, no dia 10 de dezembro, na Assembleia Nacional do Poder Popular, fez o anúncio desta pauta histórica. O CUP, peso cubano, será a única moeda nacional, com um câmbio de 24 CUP por 1,00 dólar. O CUC, moeda conversível, sai de circulação no mesmo dia.

Por Maria Ivone de Souza*

A Comissão do Ministério Financeiro e de Preços, responsável por esta tarefa, a cumpre com o rigor técnico e político que a questão exige. Para construir um desenho que atenda de forma integral a todos e não traga prejuízos a nenhum cidadão, foram desenvolvidos estudos da situação econômica e de desenvolvimento social em todas o País, que identificaram  grandes distorções. O salário não alcança as despesas e assim o governo entra com subsídio. 

A dualidade da moeda trava o desenvolvimento da economia em vários aspectos que precisam ser resolvidos conjuntamente, como salário, pensão previdenciária, aposentadoria, preços, subsídios nos preços, eficiência, incentivo, gestão da macro economia, comparabilidade com outros países e institucionalidade.

Com este novo ordenamento, introduz-se novos conceitos: “O Salário depende do aporte do Trabalho” e “A principal fonte de renda deve vir do Trabalho”. É importante registrar que estas relevantes mudanças acontecem num cenário muito difícil que o país atravessa, com recrudescimento do vil e genocida bloqueio pelo Governo Trump, a ativação de cláusula da Lei Helms-Burton e a extraterritorialização de ações jurídicas, sanções, restrições em plena pandemia, com privação de acesso a material básico, de alimentos, medicamentos, insumos, produtos fundamentais para o combate à Covid- 19.

Cuba, ainda assim, é o país que melhor enfrentamento faz à pandemia, com resultados dignos de aplausos, e ainda enviou mais de três mil profissionais cubanos, em mais de 50 Brigadas Henry Reeve, para diversos países, em todos os continentes. É o melhor exército nesta batalha pela vida, merecedor do Prêmio Nobel da Paz, que a solidariedade mundial indica para 2021. É um país referência em biotecnologia, e avança a passos largos com o desenvolvimento de vacinas contra a Covid- 19, as Soberanas-1 e 2 e com outras também em estudo.

O imperialismo não pára de fazer ataques,  investe brutalmente, de formas variadas, na guerra híbrida, buscando se aproximar de setores valorosos da sociedade, como a juventude, movimentos culturais, meios de comunicação em Cuba, envolvendo os nomes de heróis nacionais para confundir o povo, com objetivo claro de quebrar a unidade tão valorosa para os ideais da Revolução.

Há poucas semanas, vimos  a performance de um grupo cultural “San Isidro”, mercenários anti-revolucionários, articulado e patrocinado pelo imperialismo dos EUA, cubanos que se vendem contra seu país. Agora, a mídia burguesa já começa a atacar a nova política econômica de unificação da moeda, que ainda nem foi instalada, com notícias maldosas de cunho mentiroso, para causar desestabilização. Alega-se que haverá grandes riscos, inflação, perdas salariais e diminuição do poder aquisitivo.

Enquanto isso, os movimentos solidários à luta do povo cubano pelo progresso da revolução e a defesa da sua soberania nacional e popular ratificam a amizade a Cuba e a seu povo. Seguiremos juntos a denunciar esta política desumana, inimiga e cruel que bem conhecemos, do imperialismo e do neoliberalismo, que usam suas múltiplas armas para intervir e agredir os países progressistas, como Cuba, por não aceitar se submeter, tendo vilipendiado o direito mais sagrado da humanidade, sua autodeterminação.

Certos estamos de que Cuba Viverá e Vencerá! Saudamos o Governo e o Povo Cubano por enfrentar corajosamente mais este desafio. Seguramente, a nova estratégia econômica trará muito desenvolvimento e fortalecerá a soberania cubana. Viva Cuba com sua Unidade e Continuidade dos Ideais de Fidel, sempre Comandante!

*Maria Ivone de Souza é diretora do núcleo da Bahia do Centro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e presidente da Associação Cultural José Martí (ACJM) na Bahia.

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