O SUBMUNDO DAS DENÚNCIAS APÓCRIFAS


Crônica Social:

Por José Roberto Teixeira

Após as eleições em Guanambi, assistimos ao crescimento de uma verdadeira "indústria de denúncias". Com acusações graves, supostamente embasadas em documentos e relatos detalhados, sinalizando tramas conspiratórias que atingem o âmago do meio político local. Contudo, há um elemento crucial que falta em todas essas denúncias: a autoria.
O anonimato dessas matérias retira sua credibilidade, assemelhando-as às tão difundidas Fake News, popularizadas por estruturas como o Gabinete do Ódio. O objetivo parece claro: desestabilizar ou desmoralizar os alvos, mas sem assumir qualquer responsabilidade. É um "Fogo Amigo" travestido de jornalismo investigativo.
Como jornalista há quase quatro décadas, nunca vi um momento tão perigoso para a comunicação. A estratégia é perversa: a denúncia apócrifa é divulgada por um veículo de comunicação e, automaticamente, legitima-se ao ser atribuída ao divulgador original. Mas quem é o autor? Quem responde pelo que foi dito?
A verdadeira denúncia requer coragem e compromisso. Quem tem provas e seriedade procura os órgãos competentes, como o Ministério Público, e formaliza sua queixa. Tudo que foge disso é tentativa de manipular a imprensa para fins escusos. Não compactuo com esse tipo de rapinagem rasteira e rechaço o uso da comunicação para atender aos interesses sórdidos daqueles que acham que pode tudo.


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