HUGO COSTA ENVIA TEXTO AO RADIALISTA VAL RODRIGUES COM SUGESTÕES DE PRESERVAÇÃO DO RIACHO DO BELÉM EM GUANAMBI

 



Prezado amigo Val Rodrigues,

“Em relação a matéria veiculada pelo repórter Marcos Coimbra no dia de hoje, 12/07, apontando a necessidade de desmatar áreas ciliares do Riacho do Belém nas proximidades da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), com a justificativa de proporcionar mais segurança para transeuntes daquela região, gostaria de fazer algumas ponderações:

Acho válida a preocupação com a segurança pública, entretanto creio na existência de outros mecanismos que o Estado pode implementar, intervindo na referida localidade, tais como: ronda policial, instalação de câmeras, melhoria na iluminação, entre outros.

Importante salientar que o Riacho do Belém não pode ser considerado como pertencente à AVENIDA SANITÁRIA, visto que é um riacho intermitente, nasce a mais de mil metros de altitude, apresentando um percurso de aproximadamente vinte e nove km; exibe ao longo do seu perfil longitudinal uma fisionomia meândrica, perfazendo curvas sinuosas e harmoniosas até adentrar na área urbana.

Os resultados revelaram que a degradação ambiental da área urbana do Riacho Belém ocorreu principalmente devido à expansão urbana do espaço geográfico de Guanambi, por falta de um planejamento urbano e ambiental sustentável e políticas públicas que levem em conta a dinâmica sistêmica dos elementos da natureza.

Importante mencionar que o início da urbanização de Guanambi se deu às margens do Riacho Belém no limiar do século XX, e à medida que essa urbanização foi crescendo, a intensidade e a abrangência territorial da degradação ambiental foram aumentando, até atingir a escala atual de degradação: canalização de afluentes, aterros, desmatamento da mata ciliar, poluição das águas com efluentes urbanos. Desta forma, penso que tais apontamentos precisam ser ampliados para a comunidade nas escolas, universidades, Sec. de Meio Ambiente, INEMA, Instituto Chico Mendes ICMBio, levando em consideração a relevância de preservar inúmeras lagoas e tabúas, protegendo a fauna e a flora, que exercem importante controle no nosso clima.

A área do Riacho Belém inclusive já se encontra em observação do próprio Ministério Público do Meio Ambiente, por intermédio de um Termo de Ajuste de Conduta, justamente por ser um ponto importante e que é necessário um cuidado específico, que respeite além dos termos da legislação ambiental, também a indispensável consulta popular diante da complexidade do tema”.

Atenciosamente,

Hugo Costa

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