O que a justiça americana foi fazer em Curitiba?



Novos chats da série As conversas secretas da Lava Jato mostram como procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba ocultaram sua colaboração com o Departamento de Justiça dos EUA (órgão equivalente ao Ministério da Justiça no Brasil). 
A nova reportagem é fruto de parceria com a Agência Pública e foi feita com duas jornalistas feras: Natália Viana e Maryam Saleh. Nela, revelamos como a equipe de Deltan Dallagnol fez de tudo para facilitar a investigação dos americanos – a tal ponto que pode ter violado tratados legais internacionais e a lei brasileira. 
Em outubro de 2015, ao menos 17 americanos viajaram à sede do MPF em Curitiba para quatro dias de reuniões com a força-tarefa. Deltan tentou manter sigilo, mas a visita vazou para jornalistas. Pressionado por sua assessoria, o procurador escreveu em um dos chats: os “Americanos não querem que divulguemos as coisas”.
A intenção de Deltan não era esconder suas conversas com os americanos apenas da imprensa e do público, mas principalmente do Ministério da Justiça. José Eduardo Cardozo, ministro à época, só ficou sabendo da vinda dos investigadores estrangeiros pela imprensa – e quando eles já estavam no Brasil. 
“Eu não goste da ideia do executivo olhando nossos pedidos e sabendo o que há”, disse Deltan a um colega. Era uma resposta a dúvidas relacionadas à visita levantadas por um delegado federal que trabalhava no Ministério de Justiça. O procurador, como tantas vezes a Vaza Jato mostrou, parecia não ver limites para seu poder.

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Andrew Fishman
Editor Geral
 

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