Vale considerava 7 barragens mais críticas que a de Brumadinho

ábado, 25 de Janeiro de 2020 - 16:20

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Vale considerava 7 barragens mais críticas que a de Brumadinho
Foto: Amazônia na Rede

A barragem I da Mina Córrego do Feijão, que rompeu há exatamente um ano em Brumadinho, Minas Gerais, era a oitava que mais preocupava a mineradora Vale. De acordo com reportagem publicada pela Agência Brasil, um sistema interno da mineradora guardava uma lista intitulada "top 10", na qual se elencava as dez estruturas consideradas mais críticas.

Nas barragens que constavam na lista todas tinha probabilidade de falha "acima do limite de aceitação”. O sistema interno foi descoberto no curso das investigações e foi classificado de "caixa-preta da Vale" pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Na última terça-feira (21), a instituição denunciou criminalmente 11 empregados da mineradora e cinco da Tüv Süd, empresa alemã que assinou a declaração de estabilidade da barragem de Brumadinho, informa a matéria da Agência Brasil. A lista das "top 10" foi incluída na denúncia. São estruturas que também tinham sido classificados dentro da "zona de atenção", em outro documento que já havia se tornado público.

O topo da lista é ocupado pela Barragem Capitão do Mato, da Mina Capitão do Mato, em Nova Lima (MG). A estrutura está inoperante e com declaração de estabilidade negativa, documento que deve ser apresentado à Agência Nacional de Mineração (ANM) duas vezes ao ano: em março e em setembro. Ele deve ser elaborado por uma empresa auditora contratada pelo empreendedor e é necessário para que cada estrutura possa manter suas atividades. Na última ocasião, 18 barragens da Vale registraram declaração negativa.

A reportagem ainda traz informações de que entre as estruturas que constam na lista "top 10", cinco estão com atestado de estabilidade negativo. Entre elas, as barragens Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III, localizadas em Ouro Preto (MG). As três estão entre as estruturas que não passaram no pente-fino realizado após a tragédia de Brumadinho e tiveram seus níveis de emergência elevados para 2 ou 3, o que obriga a mineradora a realizar a evacuação  de áreas que seriam atingidas no caso de uma ruptura.

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