Candiba, Sebastião Laranjeiras e a trilha da cobra coral: a lista vermelha da serpente era mesmo sinal de perigo






Uma aventura, um passeio no sábado, é sempre um sinônimo de busca de ar puro e encontro com a natureza. Melhor ainda quando tudo isso é feito ao lado de amigos.

Quatro personagens dessa aventura partiram em busca do Recanto dos Macacos e da Lagoa Azul. No final foram presenteados pelo lajedo do Sebastião Laranjeiras que ali os esperavam, com seu espetáculo natural.

Saíram de Guanambi, Graça, Latinha, Ivone e Gabriela, passaram por Candiba e subiram à Serra para banharem nas águas da linda lagoa azul. Para isso tinham que fazer a trilha, que no caminho era o recanto dos macacos. No sobe e desce de ladeiras, contemplaram um cenário esplendido de serras e vegetação. Logo mais adiante, quem os esperavam? Uma cobra coral. Antes que a serpente laçasse seu veneno, o destino providenciou o momento da partida em busca da tal casa que dava acesso ao recanto e o lago.

Hum! Se tivesse levado em consideração as superstições das avós e das tias, os tripulantes da trilha perdida não teriam seguido em frente para a aventura. Afinal uma superstição levada em consideração, a cobra era um aviso para abortar a missão, pois o desfeche daquela aventura seria um abismo.

Foi assim que os quatro amigos foram pegos pela trilha errada e se viram em apuros para voltarem para o ponto de partida. Enfrentaram galhos, espinhos e pedras em seus caminhos. Um deles dizia: achei a trilha, assim, os outros desviavam seus roteiros e seguia o descobridor da trilha enganada. Quando os nervos iam se enfraquecendo e os sinais dos celulares ficavam fora de área, os sobreviventes buscavam no fundo do peito, a coragem e a fé no pai maior.

Depois de passar por galhos assassinos, pedras pontiagudas, com sangues nos braços, suor no rosto e a perspicaz de regrar a água do cantil e implorarem por uma dadiva de Deus,  foram surpreendidos por um caminho que os levaram até a casa abandonada de onde saíram.  Esse apelo foi o bastante para se chegar ao paraíso, pois há cinco quilômetros chegaram ao lajedo. Ali respiram, banharam, escalaram rochas, comeram farofas, encontraram com Natal e registraram os melhores momentos da aventura.

O passeio deixou uma lição. Lição de que a natureza tem seu poder e suas regras. Assim que desceram, logo mais adiante lá no pé da serra estava Sebastião Laranjeira a espera dos descobridores de trilhas erradas com um jardim de mangas e um pé de ipê rosa ofuscando todos da praça com sua magnifica beleza. Logo na outra rua da cidade, mais um presente: A gruta da imagem de Nossa Senhora, que sorria para os aventureiros que além de cansados e sedentos de picadas de espinhos posava para tirar fotos e cumprimentar aqueles que passavam, distribuindo felicidade.

A aventura não parou por ai.  Latinha com seu espirito ambientalista, historiador e colecionador de fotos marcantes, apresentou a Gabriela e a Ivone a Igreja de Palmas de Monte Alto localizada logo na entrada da parte da Serra. Esse desfeche fez compreender que a Serra quis testemunhar que todos estavam intactos, cheios de fé e esperança. Ou seja, ela é fetiche de reencontro e renovação. Graça Donato

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