Qual o critério para a escolha da barragem de rejeitos acima de Ceraíma?

A previsão da empresa Bamin é de exploração a reserva de minérios de ferro por 30 anos. A barragem de rejeitos é uma estrutura que vai reter os resíduos sólidos e a água do processo de beneficiamento do minério - produtos tóxicos e lama.

Os critérios usados para a escolha do local da barragem de rejeitos: "características geológicas, hidrológicas, topográficas, geotécnicas, ambientais, sociais, avaliação de riscos e até os impactos que os rejeitos gerarão nas comunidades circunvizinhas".

A escolha do local e do modelo da barragem pela Bamin seguiram critérios econômicos, visto que o local é exatamente ao lado da exploração mineral e o modelo inicialmente escolhido, a montante, que foi apresentado à avaliação dos órgãos ambientais foi o mesmo que produziu os acidentes de Mariana e Brumadinho, e só foi alterado pela intervenção do Inema, demonstrando o total desinteresse da Bamin pela segurança da comunidade.

O que deve está em jogo é a vida de milhares de seres humanos e o desenvolvimento sustentável.

A Bamin tinha 5 alternativas para a escolha da construção da barragem de rejeitos e escolheu uma área perigosa e com grande risco de acidente, pois a barragem terá a capacidade de 180 milhões de m³; mais uma barragem de abastecimento humano com a capacidade de 59 milhões de m³ - Ceraíma, destruição de uma área de preservação ambiental com nascentes e matas nativas em Guirápá - Pindaí; comunidades circunvizinhas do Olho D'Água, Baú, Beira da Barragem de Ceraíma, Vila, Núcleo de Ceraíma, IFBaiano, Laranjo, Guanambi - 90 mil habitantes, Rio Carnaíba de Dentro, Rio das Rãs e RIo São Francisco.

Os especialistas em construção de barragens dizem "Não existe barragens seguras"...

O Blog do Latinha divulga para a população de Guanambi e Região os mapas das alternativas da barragem de rejeitos da Bamin, modelos de barragem a Montante e Jusante, trajeto da drenagem da barragem de rejeitos até Guanambi, dados da elevação da área e um trecho da fala do técnico da Bamin sobre a possibilidade do rompimento da barragem.