UniFG realiza Fórum sobre Políticas Públicas e Meio Ambiente

UniFG

O Centro Universitário UniFG realizou, na noite desta quinta-feira (28), um fórum de discussão sobre políticas públicas e meio ambiente, com o tema: “A mineração e seus impactos sócio-espaciais”. O evento aconteceu na Quadra Poliesportiva Mosquito – campus São Sebastião, e reuniu docentes, discentes e colaboradores da instituição, representantes da sociedade civil e comunidade externa.
Organizado pelo Observatório UniFG do Semiárido Nordestino, o evento foi realizado em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Direito do Centro Universitário UniFG (PPGD), a Diocese de Caetité, Cáritas Brasileira, Movimento pela Soberania Popular (MAM), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Pastoral Universitária e Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O Fórum do Meio Ambiente teve como objetivo dialogar sobre as atividades de mineração e seus impactos socioambientais no contexto do sertão produtivo, por meio do diálogo direto e indireto dos representantes da comunidade científica, executivo, legislativo, judiciário, visando a formação de novos debates e aprimoramentos técnicos e científicos.
O evento teve início com apresentação musical de artistas locais e uma encenação teatral do Movimento Pela Soberania Popular (MAN). Em seguida, para compor a mesa central de debates, foram convidados a coordenadora do Observatório UniFG, Profa. Deborah Marques; o assessor diocesano das Pastorais da Educação e Universitária, Pe. Eutrópio de Carvalho Souza; o representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Beniezio da Silva; o gerente de mina e representante da empresa Bahia Mineração (BAMIN), Wilson Thibes e a Doutora em Direito pela Université Paris V René Descartes, Profa. Giulia Parola, convidada pelo Programa de Mestrado em Direito da UniFG.
Na ocasião, também estiveram presentes, representando o poder executivo de Guanambi, o diretor do Departamento de Meio Ambiente do município, Lailton Fernandes, a vereadora em exercício, Maria Silvia de Souza, representando o poder legislativo de Guanambi e representantes da Cáritas Brasileira – Regional Nordeste 3 (Bahia e Segipe) e seminaristas do Seminário Menor de Caetité.
A coordenadora do Observatório UniFG, Profa. Deborah Marques, deu as boas-vindas aos presentes, destacando a importância do evento. “O Centro Universitário UniFG tem se despontado como uma plataforma fomentadora de políticas públicas, preocupado nos princípios da cidadania. Proporcionar atividades de discussão como essa é um grande desafio, mas nós, como instituição de ensino, não podemos nos esquivar. Por isso, nesta noite, nós discutiremos e reuniremos ideias, com fatos plurais e técnicos relacionados ao sertão”, afirmou Marques.
A programação foi voltada para os aspectos jurídicos da mineração, vivências e experiências com as comunidades afetadas pela mineração, interlocução das atividades da mineração e as políticas públicas ambientais.
Abordando sobre políticas públicas, meio ambiente e fraternidade, o Pe. Eutrópio Souza apresentou a Campanha da Fraternidade 2019. “Este fórum foi pensado dentro do contexto da campanha da fraternidade, que trata, nesse ano, sobre políticas públicas. Nós fizemos um recorte para uma realidade bem próxima, que é justamente a mineração, e como nós, enquanto sociedade, podemos, de fato, esperar do poder público frente a essa nova realidade que chega a nossa região”, disse Souza.
Durante o evento, foi apresentado o projeto Pedra de Ferro, que segundo o gerente da BAMIN, será um projeto pioneiro no estado. Ainda segundo ele, o projeto se baseia na sustentabilidade, pautado na preservação ambiental e na transparência.
Para a professora Giulia Parola, é necessário que a sociedade e o poder público estejam atentos as ações das grandes empresas que trabalham com mineração para que tragédias como as de Mariana e Brumadinho não aconteçam novamente. Giulia ainda parabenizou a UniFG, o Observatório UniFG e o Programa de Mestrado em Direito pela realização do evento.
Representando a Comissão Pastoral da Terra, José Beniezio trouxe para a mesa, reflexões a respeito do modelo mineral brasileiro. “O modelo mineral que temos é discutido sem povo e contra o povo, originário desde o processo de colonização, em que as ações atendiam as grandes potências. Então, esse modelo não representa o tipo de projeto de mineração que nós precisamos construir no Brasil. E foi essa a reflexão que nós construímos aqui”, finalizou.








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