Cemig orienta venda de Alto Sertão 3 para AES Tietê e faz reestruturação na Renova


Operação servirá para equacionar dívidas da empresa e fazer com que ela volte a competir em certames
A Cemig informou em comunicado ao mercado na última quinta-feira, 21 de março, que o conselho de administração da Cemig GT aprovou a orientação de voto na Renova Energia para venda do Complexo Eólico Alto Sertão 3 para a AES Tietê e o reperfilamento das dívidas da eólica com os Banco BTG, Citibank, com a Cemig GT e a Light Comercializadora. A dívida com o BTG é de R$ 179 milhões e a com  o Citibank, de R$ 176 milhões. Já com a Cemig e a Light a dívida soma cerca de R$ 1 bilhão. A venda do complexo já se arrastava há algum tempo e outras propostas foram recusadas.
Segundo o diretor de Gestão de Participações da Cemig, Daniel Faria, a reestruturação da Renova busca equacionar o seu endividamento para expansão da empresa. A Cemig considera o setor de energias renováveis vital na nova configuração do setor e a Renova é um importante braço para expansão da empresa na área.
A estatal mineira e Light também aprovaram a compra de ações ordinárias e preferenciais da Renova Energia, de propriedade do CG I Fundo de Investimento em Participações, contemplando ações pertencentes ao bloco de controle da Renova.  Em contrapartida, o fundo receberá títulos da dívida emitidos pela Renova e subscritos pela Cemig GT e Light Energia. Ainda de acordo com o diretor Daniel Faria, a empresa está sendo saneada para que ela volte a competir em leilões e retome a liderança em geração de energia eólica no país.
A Renova Energia, que ainda detém 51% da Brasil PCH, passou por um processo de recuperação judicial recente e vendeu seus outros complexos eólicos, Alto Sertão 1 e 2, na Bahia. A empresa é uma das maiores desenvolvedoras no setor eólico no Brasil e antes de entrar em dificuldades, era uma das maiores vencedoras dos leilões de energia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Governo vai construir 31 sistemas de abastecimento em municípios das microrregiões do Vale do Paramirim e do Algodão