BRASIL DEVE EXPORTAR MAIS DE R$ 2 MI DE TONELADAS DE ALGODÃO

BAHIA ECONÔMICA

BRASIL DEVE EXPORTAR MAIS DE R$ 2 MI DE TONELADAS DE ALGODÃO
Com uma safra maior, a projeção da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) é de um volume de dois milhões de toneladas a serem embarcados, após o abastecimento do mercado interno. “De uma tradição de concentrar as exportações no segundo semestre, vamos passar para uma nova realidade de mandar algodão para fora ao longo dos doze meses do ano. Já nesta safra, a relação de volume por semestre será de 55% a 45%, respectivamente, no segundo semestre de 2019 e no primeiro de 2020, mas em breve esses percentuais vão se equiparar nos dois períodos”, disse o presidente da Anea, Henrique Snitcovski.
De acordo com pesquisas informais da Anea junto aos armadores, empresas e instituições portuárias, o Brasil já embarcou, de julho de 2018 até a terceira semana de março de 2019, em torno de um milhão de toneladas. Os dados oficiais são aproximadamente 50 mil toneladas inferiores. Até junho, devem partir para o mercado externo 1,3 milhão de toneladas de algodão em pluma da safra 2017/2018. O número é um recorde sobre a marca alcançada em 2011/2012, que foi de 1,03 mil toneladas. “Se isso se efetivar, superamos a Índia em volume exportado, e ficaremos atrás apenas dos Estados Unidos”, disse Snitcovski.
À época do último recorde de exportações, 30% do algodão brasileiro tinham como destino a China, mas os altos estoques mantidos por política governamental naquele país fizeram com que a demanda diminuísse, chegando a bater em 10%. “Agora, no acumulado do segundo semestre de 2018 ao primeiro de 2019, a China já representa 40% das exportações brasileiras de algodão – cerca de 400 mil toneladas – e o Brasil segue forte em mercados já consolidados, como Indonésia, Vietnã e Bangladesh, com oportunidades na Turquia e na Coreia do Sul”, revela.
A Anea defende que seja intensificado um trabalho de relacionamento com o gigante asiático, uma vez que o algodão nacional representou, nos últimos anos, cerca de 10% do montante importado naquele destino. No ciclo atual de exportações da safra 2017/2018, esse número deve crescer para 25%. “Mas não podemos nos confortar com esse incremento, pois sabemos da perda de competitividade do algodão procedente dos Estados Unido,s em virtude das restrições tarifárias aplicadas entre os dois países, temos que aumentar e consolidar a participação do algodão brasileiro no mercado chinês”, diz.

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