CHINA RESPONDE POR UM TERÇO DAS EXPORTAÇÕES BAIANAS EM 2018

BAHIA ECONÔMICA

CHINA RESPONDE POR UM TERÇO DAS EXPORTAÇÕES BAIANAS EM 2018
De acordo com dados da Superintendência de estudos econômicos e Sociais da Bahia, em meio à guerra comercial entre Estados Unidos e China, o pais asiático avançou ainda mais sua fatia nas exportações baianas de 26,4% em 2017 para 32,8% em 2018, seguido pela UE com participação de 18,4%, os EUA com 11,2% e o Mercosul com 10,3%.  A exportação para os chineses somou US$ 2,9 bilhões no ano passado, com crescimento de 35,3% na comparação com o ano anterior, numa variação bem acima dos 9,1% de alta nos embarques totais da Bahia. Já para a UE, EUA e Mercosul as vendas recuaram 6,2%, 8,7% e 14% respectivamente.
Com o crescimento de exportações rumo à maior economia asiática, os básicos avançaram na exportação total baiana em 2018 e fecharam o ano representando um terço dos embarques. A fatia dos básicos subiu de 29,8% em 2017 para 33% em 2018. As exportações desse tipo de produto somaram US$ 2,91 bilhões no ano passado com crescimento de 21%. Contudo, a liderança da pauta continuou com os produtos manufaturados com 38,3% de participação, mas com um crescimento de apenas 0,8% sobre 2017, reflexo da recessão na Argentina que reduziu as exportações do setor automotivo em 12,6%.
O excepcional ano para a soja refletiu-se nas exportações do agronegócio que continuou a ser o destaque principal da pauta baiana em 2018.  As vendas do agronegócio baiano subiram 16,7%, para US$ 4,48 bilhões, com destaque para soja, celulose e algodão. O setor fechou o ano representando 50,9% do total das vendas externas do estado, batendo seu recorde histórico. A China como grande compradora de matérias primas é a principal responsável pelo avanço do agronegócio e dos produtos básicos na pauta baiana. O país respondeu em 2018 por 74,3% das compras de soja; 58,6% das de celulose; 42,6% de cobre; 36,4% de algodão dentre os mais importantes.
Apesar das incertezas oriundas da guerra comercial com os EUA a China, continua crescendo em um ritmo forte, e em 2019 pode compensar parte da desaceleração prevista para os EUA. Tudo depende do resultado da trégua de 90 dias anunciada no início de dezembro entre americanos e chineses e da evolução da economia mundial, ameaçada por nova desaceleração.
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