Seminário discute estratégias para inclusão de pessoas com deficiência


A Bahia possui mais de 3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, segundo o Censo de 2010. Estratégias e medidas de empoderamento e inclusão desse público foram discutidas em seminário realizado nesta terça-feira (4), na sede no Ministério Público do Estado (MPBA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. 

Promovido pelo Fórum de Combate à Violência Contra a Pessoa com Deficiência e apoio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), o evento reuniu autoridades e representantes de movimentos sociais. “Cada vez mais a sociedade tem que estar aberta para isso e disposta a abraçar todas as pessoas em toda a sua diversidade e suas potencialidades. Esse evento tem essa função de ajudar a discutir mais na sociedade o empoderamento das pessoas com deficiência”, afirmou o secretário da SJDHDS, Cezar Lisboa, que fez parte da mesa de discussões.

O seminário é uma das ações da SJDHDS para marcar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, comemorado na segunda-feira (3). De acordo com o superintendente dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Alexandre Baroni, há avanços no cenário estadual. “A gente tem com certeza vários avanços, sobretudo quando consideramos que hoje a gente tem um Fórum de Combate à Violência Contra a Pessoa com Deficiência. Isso para nós, com certeza, é motivo não somente de orgulho, mas de entendimento de um grande avanço na área da pessoa com deficiência no estado”, avaliou.

Cilba

Uma dos trabalhos desenvolvidos pela SJDHDS é a Central de Interpretação de Libras da Bahia (Cilba), que já recebeu mais de 3 mil pessoas surdas que precisam de suporte para se comunicar por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O serviço disponibiliza intérpretes presencialmente e através de videoconferência pelo Facebook ou Skype para esclarecer dúvidas e prestar orientações, sempre de segunda a sexta, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30. O atendimento presencial é realizado no térreo da SJDHDS, localizada na 3ª Avenida, nº 390, no CAB. 

Morando atualmente no bairro de Pero Vaz, Paulo César Amorim veio de Bom Jesus da Lapa para Salvador há três anos em busca de atendimento especializado para o filho, que possui deficiência física e problemas cardíacos. Na Cilba, ele recebe ajuda para entender e resolver questões relacionadas a benefícios do INSS, demandas do comércio, entre outros problemas. 

“Para agendar o serviço, é preciso estar cadastrado aqui na Cilba. Solicitamos audiometria, uma foto 3x4 e comprovante de residência. É uma forma de conhecer quem é o público que a central está atendendo, quais são suas principais demandas, onde reside, para que a gente tenha a leitura do geral, não somente da demanda que ele vem acessar aqui”, explicou a coordenadora da Cilba, Naiara Costa.

Repórter: Lina Magalí 

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