QUASE METADE DA NOVA CÂMARA SERÁ FORMADA POR MILIONÁRIOS

BAHIA ECONÔMICA

QUASE METADE DA NOVA CÂMARA SERÁ FORMADA POR MILIONÁRIOS
Quase metade da nova Câmara que tomará posse em 2019 será formada por deputados federais milionários. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São 241 políticos que declaram ter patrimônio superior a R$ 1 milhão (47% dos 513 eleitos). Mas, após sucessivos aumentos ao longo das últimas legislaturas, o número neste ano apresenta uma ligeira queda em relação ao da última eleição. Em 2014, foram 248 políticos milionários eleitos para a Casa. Em 2010, eram 194. Em 2006, havia 165. Em 2002, eram 116.
O eleito mais rico para a próxima legislatura é o deputado e professor Luiz Flávio Gomes (PSB-SP). Ele declara possuir R$ 119 milhões. Entre os bens estão quotas de capital, investimentos em fundos e ações e um apartamento no valor de R$ 14 milhões. Gomes diz que usou seu próprio dinheiro na campanha (cerca de R$ 1,6 milhão) e reconhece que a disputa é “desigual”. “Não concordo com financiamento público, mas é preciso um limite ainda mais duro para que todos possam concorrer. Para quem está começando é muito difícil.”
Ele diz que hoje tem uma “situação confortável” porque empreendeu na área de ensino. “Acredito no capitalismo equitativo. Dinheiro para mim sempre foi um meio, não o fim. É preciso mudar o sistema.” No total, os parlamentares declaram um patrimônio de R$ 1,1 bilhão – o que representa uma média de R$ 2,2 milhões para cada um. O patrimônio médio é inferior ao da última eleição (R$ 2,4 milhões). Além disso, há 22 políticos que declaram patrimônio “zero” ao TSE – o dobro do verificado há quatro anos.
Os dados contrariam a expectativa de mais parlamentares ricos eleitos. Mesmo com um aumento no número de candidatos milionários nesta eleição após as mudanças nas regras de financiamento, o resultado mostra que não houve diferença significativa em relação ao pleito anterior. Essa foi a primeira eleição geral após a reforma eleitoral de 2015. Com o fim do financiamento empresarial, não houve um limite para a autodoação, o que favoreceu a entrada de políticos com mais dinheiro na disputa.

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